“Vale a pena cada noite mal dormida ou fim de semana que passamos estudando no DCC”, garante ex-aluno

Orientado pelos professores do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG há época, Antônio Otávio Fernandes, hoje aposentado, e Claudionor Coelho, Alessandro Mendes, ou AJ como é conhecido, foi aluno da graduação e do mestrado no DCC de 2002 a 2008, quando defendeu sua dissertação. Além dos orientadores, segundo o ex-estudante, também foram muito importantes para a sua formação os professores  Wagner Meira Jr. e Renato Ferreira. “É memorável o grande número de oportunidades em diversas áreas, como por exemplo pesquisa (veja a diversidade de laboratórios no DCC), mercado (número de oportunidades diárias de estágios ou empregos) e outros (Empresa Jr,  Centro de Recursos Computacionais (CRC), aulas para alunos de extensão). Não conheço nenhum ex-aluno que saiu do DCC desempregado ou que não foi fazer uma pós-graduação. A competência dos professores também é algo que me impressiona até hoje. Basta ver o número de papers publicados anualmente em conferências e journals de renome”, contou.

Segundo Alessandro, o DCC marcou uma importante parte de sua vida. “O departamento foi muito importante em minha vida e fundamental para  estar onde estou hoje. O DCC foi o lugar que me deu a base para seguir uma carreira profissional de sucesso em um ambiente concorrido como o Vale do Silício, na Califórnia, onde moro há mais de dez anos. Constantemente uso alguns dos conhecimentos adquiridos durante o meu período na UFMG, não somente a parte técnica, mas também de liderança. No início do curso, temos a tendência de achar que certos conhecimentos teóricos, como por exemplo os adquiridos em Matemática Discreta ou Fundamentos da Teoria da Computação, não vão ser utilizados fora da universidade, mas é um grande engano. Diversas vezes tomo decisões utilizando conceitos básicos aprendidos nestas disciplinas, de forma até inconsciente, graças ao jeito que os nossos cérebros foram treinados durante o período da graduação. A oportunidade de fazer pesquisa já no terceiro período no LECOM (Laboratório de Engenharia de Computadores) com os professores Antonio Otavio e Claudionor Coelho, abriram as portas para a minha carreira profissional. Durante o mestrado, fui convidado pelo professor Claudionor a trabalhar para uma startup americana chamada Jasper Design Automation, que me proporcionou uma mudança para os Estados Unidos, onde pude interagir com grandes empresas de tecnologia como Apple, Intel e Nvidia”, relatou.

Ao mesmo tempo, de acordo com o ex-aluno, o DCC também foi importante em sua vida social e lhe proporcionou conhecer alguns dos seus melhores amigos. “No DCC foi onde tive a oportunidade de aprender na prática sobre liderança, quando participei como representante dos alunos no colegiado do curso e no Conselho Universitário. Também foi onde tive a oportunidade de fundar o DACOMP, ajudar na organização do campeonato de futsal aos sábados no CEU e organizar dois dos maiores “COMPUTASSANDO”, tradicional churrasco semestral do DCC com mais de 300 pessoas presentes. Por falar no campeonato de futsal, não posso deixar de mencionar os anos que joguei pelo grande Bier Leverpilsen E.T., o “melhor-pior” time de futsal da UFMG, que contava com “craques” ilustres, como os professores Dorgival Olavo Guedes Neto, Renato Ferreira, Antonio Otavio e os gêmeos Flip (Luiz Filipe Menezes Vieira) e Flop (Marcos Augusto Menezes Vieira). Meu apelido, “AJ”, veio do DCC. Até hoje o pessoal do Brasil e até mesmo amigos daqui dos EUA me chamam assim. Esse apelido surgiu durante um dos campeonatos de futsal do DCC no CEU”, lembrou sorrindo.

Para Alessandro, estudar no DCC não foi fácil. “Não foi fácil estudar no departamento, a exigência é enorme. Foram algumas noites viradas estudando no LECOM ou fazendo trabalho em grupo com os amigos do CRC, correndo para entregar os Trabalhos Práticos (TPs) em tempo pela manhã. Mas tivemos momentos divertidos. Sugiro que visite o site https://homepages.dcc.ufmg.br/~ajmendes/hp/flipflopfaq.html, que contém perguntas e respostas sobre os gêmeos mais famosos do DCC: Flip e Flop”, disse alegre.

Para quem deseja entrar no DCC ou já está, Alessandro afirma que o departamento oferece um dos melhores cursos de Ciência da Computação do Brasil. “Vale a pena cada noite mal dormida ou fim de semana que passamos estudando. Aproveitem as oportunidades para interagir com seus colegas de curso, conhecer e trabalhar com os professores, pois nunca se sabe o quanto isso pode ser valioso no futuro. Todos os funcionários do DCC sempre estão prontos para lhe ajudar e de bom humor. Parte do motivo do departamento ser tão eficiente é por causa dos funcionários”, garantiu.

Atualmente Alessandro trabalha como diretor sênior de Engenharia na Advantest, uma empresa líder de mercado mundial em equipamentos de testes para semicondutores. “Além do meu trabalho na Advantest, ajudo empresas americanas que procuram construir times de desenvolvimento de software no Brasil e, inclusive,interessados em oportunidades podem me contactar no LinkedIn – https://www.linkedin.com/in/alessandrojmendes/”, concluiu.

Segundo o professor Renato, Alessandro também é conhecido por outro apelido, além de AJ. “Alessandro Mendes era conhecido como Anão pelos corredores do DCC. Sempre foi um aluno bom e interessado. Mas se destacou muito no DCC por ser um dos maiores cartolas do campeonato de futsal do DCC, e por comandar a gloriosa esquadra do Bier. Sua maior frustração foi de não ter sido figurinha carimbada no álbum de figurinhas do DCC. Ao contrário, era a figurinha mais frequente do álbum, e todo mundo tinha dezenas delas apenas pra passar raiva (risos). Foi meu monitor na disciplina de Software Básico em diversas turmas, onde realizou contribuições relevantes. Ainda uso o conjunto de transparências com o nome dele quando ministro assunto relacionado àquela disciplina. Mais do que ex-aluno, é um grande amigo”, afirmou.

Colega de turma do Alessandro, o hoje professor do DCC Luiz Filipe (o Flip), fez questão de falar sobre o ex-colega e amigo. “É com grande satisfação que escrevo sobre o Alessandro Mendes. Meu amigo de muitos anos. Ele foi meu colega na graduação e no laboratório de pesquisa (LECOM). Organizou o campeonato de futsal do DCC que unia e envolvia todo o DCC, foi um dos fundadores do time Bier, um dos times pelo qual joguei o campeonato. Sempre atuante, ele também foi responsável pela criação do DAComp. Também tem que se destacar suas habilidades sociais, um exemplo é que foi um dos primeiros a completar o famoso álbum de figurinhas do campeonato do DCC. É claro, e não podia ser diferente, ele também era uma figurinha repetida no álbum. Assim como os bons alunos da graduação, fez mestrado na nossa pós, uma das melhores do país. Depois, assim como muitos de nossos alunos, foi fazer sucesso e brilhar no exterior”, contou orgulhoso.

Já para o professor aposentado do DCC, Antonio Otávio, Alessandro foi um aluno diferenciado. “Alessandro foi um aluno diferenciado pela sua habilidade no contato e na convivência social. Participou ativamente dos nossos diversos projetos no LECOM agregando capacidade técnica e gerencial à equipe. Ainda no início da graduação, já mostrava uma componente empreendedora que norteou a sua brilhante carreira na Computação. Como amigo, sempre esteve presente em nossas confraternizações, participando de forma integradora, contribuindo para a coesão do grupo e auxiliando na integração das pessoas em nosso ambiente. Fico muito feliz em ter participado da sua formação, tanto no que tange a sua capacidade técnica quanto na sua sociabilidade. Continue firme na sua rota consolidada por anos de sucesso”, desejou.

Veja a série completa.

Acesso por PERFIL

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