“Sem o DCC não seria a pessoa que sou”, afirma ex-aluno

Com graduação, mestrado e doutorado no Departamento de Ciência da Computação da UFMG (DCC), Amadeu Almeida entrou no DCC em agosto de 2006, tornou-se doutor em outubro de 2017, mas saiu do departamento somente em dezembro deste ano, após finalizar sua participação em um projeto em que trabalhava. Durante a graduação, fez Iniciação Científica sob a orientação do professor Geraldo Robson Mateus e o mestrado e doutorado com os professores Thiago Ferreira de Noronha e Andréa Cynthia Santos (professora títular da Universidade Le Havre Normandie). De acordo com o ex-aluno, as pessoas que fazem parte do departamento são diferenciadas. “Me marcou muito as pessoas que fazem parte do DCC. Eu não teria me formado sem a ajuda dos professores, sempre solícitos e atenciosos, das amizades que construí e perduram até hoje e dos funcionários que sempre me auxiliaram quando tive dúvidas relacionadas à administração. O DCC é uma excelente oportunidade de vida. Quando comecei a cursar a graduação, não tinha muito conhecimento sobre o curso e não tinha ideia do seu potencial. Ao longo do tempo, o DCC me permitiu aprender sobre diversas áreas da Computação e o quanto a nossa área interfere no mundo atual. Sem o DCC, não seria a pessoa que sou”, afirmou.

Para Amadeu, o DCC foi o responsável em despertar nele a paixão pela pesquisa e pelo ensino. “Lembro-me perfeitamente de quando tive a oportunidade de fazer uma Iniciação Científica com o professor Robson, a quem sou grato até hoje. Foi uma experiência difícil no começo, mas muito gratificante. Também agradeço imensamente ao professor Thiago por me convidar a fazer mestrado e doutorado com ele. No DCC tive a oportunidade de conhecer os meus melhores amigos, pessoas que vou levar para a vida toda. Profissionalmente, o conhecimento adquirido com os meus professores e as experiências vividas ao longo dos onze anos em que estive no departamento foram diferenciais para mim. Aproveito para destacar o ótimo trabalho do Thiago Noronha, meu orientador de mestrado e doutorado. Ele é um profissional de excelência e uma das pessoas mais especiais que já tive a oportunidade de conviver”, falou. 

Atualmente, Amadeu é professor auxiliar temporário da Université de Lille, Lille, na França e, segundo ele, não estaria onde está se não fosse o DCC. “O DCC me preparou para a vida. Hoje ministro aulas e conduzo pesquisas na França, em uma universidade reconhecida internacionalmente. Passei por vários desafios no DCC, mas todos me ajudaram a crescer. O maior desafio no DCC foi passar em AEDS 3. Você entra na disciplina uma pessoa e sai outra completamente diferente. Lembro de um “perrengue” que ocorreu quando entreguei o meu trabalho de AEDS 3, às 6 horas da manhã, e tive uma entrevista sobre este trabalho às 8 horas. Como eu morava longe da universidade, tive que me esforçar para chegar a tempo. Também me lembro de quando entreguei um trabalho de redes com um “printf” que não deveria estar lá. A mensagem continha um conteúdo que não pode ser publicado aqui (não se preocupe, não se trata de uma ofensa ao professor, mas apenas de uma palavra de baixo nível, risos). Vou detalhar. Para verificar se meu trabalho estava correto, eu tinha a péssima mania de escrever frases engraçadas nas linhas de impressão. Certa vez, esqueci de tirar uma delas. Ao ser entrevistado pelo monitor, ele leu a mesma e riu. Eu não sabia onde esconder a cara. Pelo menos parei com essa mania (risos)”, contou. 

Para quem deseja entrar no DCC, ou já está, Almeida afirma que vale muito a pena. “Vale muito a pena estudar no DCC. Todas as experiências que tive lá foram muito enriquecedoras. O curso não é fácil e muitas vezes você vai se perguntar porque está ali. Mas, no final, vale a pena. O DCC não forma alunos, forma pessoas. As pessoas que trabalham e estudam no DCC são marcantes em minha vida. Sem elas nada seria possível”, concluiu.

Segundo o professor Robson, Amadeu foi seu aluno na disciplina Pesquisa Operacional e logo se encantou pela área. “Apesar das dificuldades iniciais, mas sempre muito educado, humilde e atencioso, Amadeu foi persistente, interessado, e passou a participar das reuniões do grupo do laboratório. Com isso, direcionou o seu projeto de final de curso para linha de otimização. Desenvolveu um projeto bem interessante e desafiador, voltado para solução de uma aplicação em mineração. Continuou persistente, seguiu a carreira na linha de otimização, passou pelo mestrado, doutorado, e hoje é professor, pesquisador e colega de área. Olhando lá no início e onde ele chegou, eu diria que cresceu, ultrapassou barreiras e venceu! É bom saber que participei dessa evolução, mas também temos de parabenizá-lo pelo sucesso! Vá em frente!”, falou.

Saiba mais sobre o Amadeu em: Google Scholar: https://scholar.google.com/citations?user=oqwydLsAAAAJ&hl=pt-BR e no LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/amadeu-almeida-95422b11a/ 

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