Professor do DCC/UFMG, responsável pelo projeto Eleições Sem Fake, participa do Programa de Formação Cidadã em Defesa da Democracia, lançado pela UFMG

O professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, Fabrício Benevenuto de Souza, coordenador do projeto Eleições Sem Fake, participou nesta quinta-feira, 1º, do lançamento do Programa de Formação Cidadã em Defesa da Democracia. A iniciativa, idealizada pela UFMG, foi instigada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STF), que reúne parceiros para desenvolver o seu Programa de Combate à Desinformação. O encontro foi conduzido pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida, e teve a participação, por meio de mensagem gravada em vídeo, do ministro Luiz Fux, presidente do STF, além de diversos outros pesquisadores da UFMG responsáveis por outros projetos que tratam da desinformação.

Segundo o professor Benevenuto, o projeto Eleições Sem Fake, lançado em 2018, teve o intuito de dar transparência aos espaços midiáticos onde ocorrem campanhas de desinformação e, naquela época, por meio de soluções tecnológicas, subsidiou mais de 150 jornalistas e entidades que atuam no combate à desinformação, por meio do Monitor de WhatsApp. “Em 2018 a ferramenta que desenvolvemos foi extremamente útil para que pudéssemos entender o que estava ocorrendo no espaço do WhatsApp durante a campanha eleitoral. Também foi muito usado, e ainda está sendo, devido à pandemia da COVID-19, que também é alvo de diversas campanhas de desinformação. Já faz parte desse projeto, também, o Monitor do Telegram, que tem o mesmo formato do monitoramento do WhatsApp. Atualmente, criamos o Monitor de Anúncios no Facebook, que faz parte da “CampanhaSemFake”. O objetivo é fazer uma auditoria independente em termos de propaganda dentro do Facebook, as pessoas instalam um plugin que nos envia de forma anônima os anúncios que estão sendo distribuídos pelo Facebook. Isso nos ajuda a descobrir campanhas irregulares ou fake news que estão sendo distribuídas para a população de forma irregular e propagando a desinformação. Nosso projeto é parceiro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através do Programa de Enfrentamento à Desinformação e temos por objetivo ajudar a minimizar os danos que as desinformações podem causar na sociedade”, contou.

Durante o encontro, Fux enfatizou a importância de esclarecer a população sobre as atividades do STF e combater a desinformação, sendo as universidades espaços propícios para promover a educação e a cidadania. “É preciso esclarecer a população sobre nossas atividades. Constatamos, por meio de pesquisa, que há um alto grau de desconhecimento da sociedade sobre a missão do Supremo Tribunal Federal”, afirmou o ministro. As universidades são os espaços apropriados para promover educação e cidadania e mostrar como conviver com quem pensa diferente. A parceria com a UFMG é mais um passo firme em nossa estratégia de explicar, traduzir e humanizar a justiça”, disse o ministro. Fux acrescentou que o Programa de Combate à Desinformação realiza eventos e cursos, compartilha material informativo e tem atingido públicos essenciais, como os estudantes de ensino médio.

Segundo a reitora, a adesão dos pesquisadores da Universidade ao programa lançado hoje está sendo bastante significativa. “Essa iniciativa, que vem sendo muito bem acolhida pela nossa comunidade, é mais uma que reforça nosso compromisso com o conhecimento baseado na ciência e com a democracia, que é um valor inegociável da UFMG e a primeira condição para sua existência”, afirmou. “Dela advêm a liberdade de cátedra, de manifestação de ideias e pensamentos e a autonomia universitária.”

Segundo a diretora do Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom), professora Fábia Lima, que coordena a iniciativa, 20 projetos já estão engajados no programa, e outros vêm manifestando a intenção de participar. Segundo ela, o objetivo é potencializar e dar ainda mais visibilidade aos projetos desenvolvidos na UFMG e que tratam da desinformação, nas mais diversas dimensões.

Créditos das fotos: Foca Lisboa

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