João Eduardo Montandon é ex-aluno do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG) de Iniciação Científica, em 2009 e 2010, mestrado e doutorado, que finalizou em 2021. Em todas as oportunidades, João Eduardo foi orientado pelo professor Marco Túlio Valente, na área de engenharia de software e a quem ele expressa imensa gratidão por levá-lo ao Departamento e apresentar-lhe a carreira acadêmica. Neste contexto, o ex-estudante conta que o mais marcante no período em que esteve no DCC/UFMG foram as pessoas. “Assim que pisei no Departamento, percebi o quanto ele era especial por conta da cultura de todos que fazem parte dele (alunos, professores e servidores). Os colegas de classe com quem tive contato sempre se mostraram dedicados e comprometidos em manter a excelência acadêmica. Os professores sempre propuseram e incentivaram uma colaboração entre todos e o corpo administrativo é extremamente zeloso e atencioso com todos nós. Enfim, esse espírito de excelência, colaboração e cuidado me cativou desde sempre”, falou saudoso.
Quando iniciou os estudos, João Eduardo não imaginava que seria possível ter contato com a pesquisa e o ensino, mas, de repente, se viu fazendo parte de uma instituição que, de acordo com ele, é renomada internacionalmente e o conduziu a realizar pesquisas de impacto na comunidade que o tornaram reconhecido por isso. “Atualmente sou professor no Colégio Técnico (COLTEC) da UFMG. Nesse aspecto, eu diria que o DCC/UFMG teve um papel fundamental em minha vida, representando a grande mudança e transformação que houve em minha carreira. Não me vejo exercendo minha profissão sem o aprendizado e lições dos anos em que estive no Departamento. Me considero um privilegiado por hoje fazer parte de uma instituição de renome internacional. Apesar da minha carreira ainda incipiente, já tive a oportunidade de conduzir trabalhos que resultaram em publicações de primeira qualidade. Também pude estabelecer diversas parcerias, incluindo a participação em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento, e a colaboração com pesquisadores de outros países. Inclusive, atualmente faço parte de um projeto CNPq universal, e mantenho uma colaboração com pesquisadores das universidades de Concórdia e ETS (Canadá). E tenho certeza de que, sem a bagagem adquirida ao longo da minha jornada no DCC/UFMG, dificilmente me encontraria nessa posição”, falou agradecido.
Segundo João Eduardo, ele com certeza não estaria onde está se não tivesse passado pelo DCC/UFMG, que o ensinou muito mais do que só os conhecimentos técnicos. “Meu contato com pesquisa e docência se deu por meio do DCC, então atuar nesta área certamente estaria fora do meu radar e, no Departamento, também passei por desafios que me fizeram crescer. Um caso engraçado foi quando estava com viagem marcada para ir ao Canadá, fazer meu estágio sanduíche na Universidade de Concórdia. Estava tudo organizado, estadia reservada e passagens compradas para ir em uma terça-feira, às 00h30. Cheguei em Confins às 21h30 de terça, faltando portanto de três horas para voo. Contudo, o balcão da companhia aérea estava completamente vazio e com as luzes apagadas, o que achei muito estranho. Fui ao balcão de informação e indaguei ao responsável, falando que tinha um voo pela COPA em três horas. Para o meu enorme espanto, o atendente me disse: “Olha, hoje não tem voo da COPA”. Após conversar com o atendente por cinco minutos, mostrei-lhe a passagem para comprovar meu ponto de vista. Eis então que ele me diz: “Ahhhh sim, já sei qual é o problema. O seu voo já saiu.” Nesse momento caiu a ficha: o voo tinha saído às meia-noite e meia de terça, isto é, a 22 horas atrás! Vendo meu estado completamente desolado, o atendente me tranquilizou, dizendo que esse tipo de coisa é mais comum do que imaginava; e me aconselhou a ligar para a companhia e explicar o ocorrido. Segui os passos que ele indicou e consegui remarcar o voo para 00:30 de sexta-feira. Desde então não perdi mais voos! Foi um grande aperto na época, mas hoje dou boas risadas toda vez que conto esse caso, e brinco dizendo que o doutorado também me ensinou a ler hora (risos)”, contou.
Para quem deseja entrar no DCC/UFMG, João Eduardo aconselha que aproveite ao máximo o que o Departamento tem a oferecer. “Participe de todos os eventos, aprenda tudo que puder dos professores e se mantenha aberto para novas amizades. Valorize as pessoas do DCC/UFMG, é o que há de melhor”, concluiu.
O professor Marco Túlio conhece o João Eduardo há cerca de 15 anos, já que foi seu professor na graduação na PUC Minas. Hoje, de acordo com o professor, é uma satisfação e alegria ver o crescimento do ex-aluno como pesquisador e professor. “Como professor do Coltec, João Eduardo desenvolve um nobre e relevante trabalho de formação técnica de profissionais na área de Computação e Sistemas de Informação. Apesar de todo o seu amadurecimento profissional, ele ainda possui uma característica que vem desde os tempos de graduação: muito comprometimento, empenho e uma visão otimista que está presente em tudo que faz”, afirmou.
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