Ex-aluno da graduação e do mestrado no Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG, desde 2011 até 2017, Manassés Ferreira Neto foi orientado, nas duas etapas como estudante, pela professora do DCC Olga Nikolaevna Goussevskaia e, no mestrado, teve também como coorientador o professor Vinicius Fernandes dos Santos. “Terminei a graduação em Ciência da Computação em 2014, e logo engatilhei com o mestrado em Algoritmos e Redes de Comunicação. Durante a graduação e o mestrado tive a mais profunda sorte de ser orientado pela excelente professora Olga. Ela dizia que eu era um “romântico”, já que, como cientista da computação, poderia programar na linguagem que bem entendesse. O professor Vinicius (com ‘us’, do latim), sempre me relembrava o gosto que as contas feitas ao pé do quadro tinham. Ele entrou no meio do meu mestrado com a fundamentação e insights teóricos/analíticos que consolidaram o trabalho. Na graduação, decidi aprender mais sobre um sistema operacional de dispositivos embarcados, voltado para internet das coisas: NG-CONTIKI. Estudei também um simulador, chamado COOJA. Realizei simulações e esbocei algoritmos para simular redes sem fio com obstáculos. No mestrado, avancei sobre o estudo de algoritmos para resolver o problema da menor infraestrutura (com fio), que assegura conectividade entre dispositivos móveis (sem fio) em um contexto de obstáculos, como, por exemplo, redes veiculares realizadas em ruas de uma cidade com alta densidade de edifícios”, contou.
De acordo com o ex-aluno, o mais marcante na época dos estudos, foi a seriedade, profissionalismo e excelência do departamento. “Sempre tive uma sensação de pertencimento. A seriedade, o profissionalismo e a excelência do DCC surpreendem. Além disso, o Laboratório de pesquisa Wisemap foi uma experiência marcante. Ser chamado para o trabalho e instruído a como desempenhá-lo, ser orientado de fato, foi um diferencial para a minha pesquisa. O DCC representa a parte de mim que busca ser melhor. Representou parte significativa na busca de entender o mundo: tecnológico, abstrato e algorítmico. A contribuição do departamento para a minha vida profissional é total para estar onde estou hoje. Aplico os conhecimentos adquiridos e, principalmente, a habilidade adquirida de como estudar (assim aprendo novas tecnologias). Passar pelo DCC conferiu-me auto-estima e maturidade para saber que não sei tudo, mas tenho plenas condições de aprender aquilo que bem entender”, afirmou.
Analista de Tecnologia da Informação, no Instituto de Ciências Exatas da UFMG, Manassés, além de ex-aluno do DCC, também foi servidor no Laboratório de Microcomputadores (LMC) do departamento. “Estou na UFMG-ICEx – Núcleo de Inovação Tecnológica, como Analista de TI, e atuo no desenvolvimento (Full Stack) de sistemas de informação complexos. No momento estou dedicado à distribuição de atividades didáticas nas salas do Instituto. Também já trabalhei no LMC do DCC e sou muito feliz de ter participado da família DCC, tanto quando estudante, vendo a migração do laboratório para o novo prédio, quanto como funcionário, atuando no LRC/IX e frequentando os maravilhosos cafés das sextas. Foram momentos da mais pura alegria, nos quais me percebi valorizado e peça fundamental de um bem maior! Serei eternamente grato.”, falou.
Conforme Manassés, o DCC contribuiu muito em sua vida pessoal e profissional, inclusive, manter o seu casamento. “O DCC me ajudou e muito, até mesmo a manter o meu casamento! Arrumar um emprego do qual gosto, ter a aprovação em concurso, tudo isso me possibilitou o padrão de vida que tenho hoje. Possibilitou condições financeiras para realizar o sonho de criar uma filha. No âmbito profissional, o DCC aprimorou a minha habilidade em entender/definir e resolver/tratar problemas. Se não tivesse passado pelo departamento, acho que estaria dando aula de física, possivelmente… Ou, ainda, em uma vaga de concurso de ensino médio”, disse.
Durante o Projeto Orientado em Computação (POC), Manassés passou alguns perrengues. “Lembro de ter passado a noite em claro no ICEx para conseguir entregar no prazo o trabalho. Também passei por algo semelhante na entrega do artigo do mestrado, até tarde para acertar e enviar. Recordo dos trabalhos práticos de graduação e que tomavam os fins de semana. Lembro de ir dormir, sonhar com o problema e acordar com a solução. Isso era ótimo! (risos). Se quer entrar ou já está no DCC, eu diria que não se arrependerá. Muito “suor será derramado”, mas aprenderá com profissionais competentes. O DCC tem a força de um time. Somos o tempo todo motivados a realizar atividades acadêmicas em equipe, desde a graduação. Assim, ao caminhar para as situações profissionais, essa habilidade de colaboração auxilia na sinergia para obter o resultado”, concluiu.
Para o professor Vinícius, que conheceu o Manassés pouco depois de chegar ao DCC, trabalhar com o ex-aluno foi um presente. “Como tema de mestrado, Manassés vinha estudando, juntamente com a professora Olga, sua orientadora, um problema de redes sem fio obstruídas. Eles me convidaram para conversar sobre o problema e nossa interação foi bastante frutífera. Acabei puxando “a brasa para minha sardinha”, fazendo algumas perguntas mais algorítmicas sobre o cenário que eles vinham considerando. Gostei bastante do resultado final da dissertação, que combinou resultados teóricos e experimentais, dando uma compreensão bem ampla do problema em questão. Sou grato aos dois pela oportunidade de colaboração que, sem dúvida, foi um excelente “presente de boas-vindas” ao DCC”, afirmou.
Já Pâmela Carvalho da Silva, hoje funcionária do DCC, conheceu Manassés quando entrou como estagiária do Centro de Recursos Computacionais (CRC) do departamento em 2017. “O Manassés era analista de redes do CRC na época. Além de ser o meu primeiro estágio, não sabia muito sobre a área, então estava bem insegura. Mas o Manassés foi super solícito e me ajudou bastante. Assentava ao meu lado durante horas e me explicava várias coisas, não apenas sobre as tarefas, os servidores e a estrutura de rede do DCC, mas também sobre conceitos fundamentais da área. Hoje em dia, depois de seis anos, ocupo o mesmo cargo que ele tinha na época e percebo que ele foi uma peça crucial para a profissional que me tornei”, garantiu.
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