Ex-aluno da graduação no Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG, Thiago Costa Porto entrou no departamento em 2007 e formou-se em 2011. Neste período, fez Iniciação Científica com o professor Alberto Henrique Frade Laender, no LBD. Depois, trabalhou brevemente com o professor Antonio Alfredo Ferreira Loureiro, e, finalmente, entrou para o SPEED, onde trabalhou com o professor Wagner Meira Jr., que o orientou no TCC e com quem manteve mais contato após o término do curso. Após a graduação, Thiago partiu para a Suécia, onde fez o mestrado e, posteriormente, para os Estados Unidos para fazer o doutorado, mas retornou antes de finalizar os estudos. “Após a graduação, fui para Suécia fazer o mestrado e, depois, para os EUA fazer o doutorado. Mas acabei não terminando, já que voltei ao Brasil antes de começar o segundo ano, devido a uma situação familiar”, contou.
Enquanto esteve no DCC, segundo Thiago, o mais marcante foi o rigor acadêmico e a ênfase em fundamentos teóricos em várias matérias.” Sou grato pela preocupação do departamento em focar muito na teoria, isso já me ajudou inúmeras vezes. O ensino e a formação que o DCC proporciona são de altíssimo nível, o que proveu as ferramentas necessárias para eu não ficasse obsoleto e pudesse me adaptar e evoluir na carreira. Tenho um carinho imenso pelo departamento. Foram muitas horas nos laboratórios, muitos dias e noites estudando e fazendo os TPs. Foi um privilégio estar num lugar cheio de pessoas fora de série e compartilhar essas inúmeras horas com elas”, garantiu.
Thiago atualmente mora em Gotemburgo, na Suécia, onde trabalha como Tech Lead, na OpenMined. Mas, sempre que está em Belo Horizonte, o ex-aluno faz questão de ir ao departamento. “Há alguns anos, participei da criação do Sports Analytics Lab (SALab) e, recentemente,voltei a participar do grupo. Mesmo depois de tanto tempo dentro dos laboratórios, sempre que estou em BH faço questão de passar no DCC”, falou.
Conforme Thiago, o DCC contribuiu muito para onde está hoje. “A graduação no departamento foi muito importante para criar uma base teórica sólida. Quando fui para o mestrado, senti um pouquinho do famoso “complexo de vira-lata”, achando que ia ficar para trás. Mas isso rapidamente passou, dando lugar para a segurança de que eu estava bem preparado. A cobrança pela excelência que existe no DCC, com os trabalhos práticos e as provas difíceis, quase sem tempo de respiro durante o semestre, foram essenciais para aprender a me organizar e suportar a quantidade de trabalho esperada no curso. Essa dificuldade me preparou para ter a capacidade de atuar em várias frentes e me ‘virar’, importante em vários momentos na minha carreira até aqui”, disse.
Durante os estudos, Thiago fez muitos amigos que ainda mantêm uma forte conexão. “Fiz grandes amigos enquanto estive no DCC! Minha turma, a 071, ainda mantém uma conexão forte, e os encontros são regulares. Muitos desses fortes laços foram criados nos laboratórios do segundo andar do ICEx, nos corredores enquanto esperávamos as aulas e no campeonato de futebol. Tive o privilégio de conhecer muitas pessoas boas que admiro e me espelhei muito para crescer, não só como profissional, mas como pessoa. Levo comigo, todos os dias, um pouco do que aprendi com elas e do que vivi durante o curso. Profissionalmente, o DCC me deu o conhecimento e as ferramentas para encarar novos desafios, ter sucesso e entregar resultados”, relatou.
Segundo Thiago, se não tivesse passado pelo departamento sua caminhada provavelmente seria muito diferente do que é hoje. “Minha vida seria muito diferente se não tivesse passado pelo DCC. Estudar na UFMG abriu as portas para ir para o exterior e fazer o mestrado, em 2011. Depois de um tempo considerável fora do Brasil, voltei e consegui me reconectar, tanto pessoal quanto profissionalmente. Mesmo após retornar para o exterior, o DCC ainda me proporciona oportunidades na indústria e na pesquisa, me conectando com muitos outros ex-alunos que estão na Europa.”, falou.
Thiago, enquanto esteve no DCC, passou por alguns “perrengues”, mas, depois de um tempo, passou a gostar da “loucura”. “O perrengue mais comum que passei no DCC foi ter vários projetos para entregar no mesmo dia ou na mesma semana. Você tem que abraçar o sofrimento, cair na lama, e fazer o que tem que ser feito. Depois de um tempo, falando sério, você começa a gostar dessa loucura de TPs (risos). O DCC é o melhor departamento de computação do Brasil e oferece uma excelente oportunidade para o aluno se desenvolver. Os professores são extremamente engajados e os colegas de departamento sempre foram colaborativos, honestos e um ótimo suporte para fazer pesquisa e avançar no curso. Se você já está no DCC, tire o máximo que conseguir do curso. Explore áreas diferentes, faça pesquisa e maximize as disciplinas da pós. Esse é o momento chave da formação. Depois fica difícil ter tempo para explorar novos tópicos com rigor. Os dividendos certamente virão no futuro”, contou.
Conforme o professor Meira, o ex-estudante é mais que um profissional completo. “Thiago, também conhecido pelo seu acrônimo, tcp, foi e é um grande desbravador não apenas de lugares mundo afora, mas de toda sorte de atuação em Computação. No Brasil, foi um pioneiro na área de ciência de dados aplicada aos esportes, pesquisador, empreendedor, e desenvolvedor de software diferenciado. Mais que um profissional completo e versátil, ele é uma prova viva que aprendeu no DCC, na essência, a se reinventar com excelência e qualidade em qualquer área da Computação, o que acredito ser um dos maiores diferenciais da nossa formação. Foi com muita satisfação que vi a volta dele para as atividades do Salab/Speed, onde certamente vai desbravar algo novo e de impacto”, afirmou.
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