Entre 2013 e 2019, ainda aluno do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG), Manoel Horta Ribeiro foi o primeiro lugar da turma de graduação em Ciência da Computação e, também, premiado com a medalha de bronze pela Sociedade Brasileira de Computação, com a terceira melhor dissertação de mestrado. Durante a graduação, participou do programa Ciências sem Fronteiras e fez intercâmbio na Universidade de Melbourne, na Austrália. Nesse período, Manoel foi orientado pelos professores Wagner Meira Júnior e Erickson Rangel do Nascimento. Já durante o mestrado, voltou a ser orientado pelo professor Meira, mas, desta vez, com a coorientação do professor Virgílio Augusto Fernandes Almeida.
Muito agradecido ao DCC, Manoel atualmente reside na Suíça, onde cursa o doutorado e ainda mantêm contato estreito com os professores Meira e Virgílio, além de outros professores que considera não somente referência, mas amigos. “Tenho enorme carinho pelo Departamento, sou muito grato por todas as oportunidades que tive. Fiz inúmeros estágios durante o meu curso: na Austrália, Noruega e Suíça, além de ter apresentado trabalhos na Califórnia e no Canadá. Sempre quis fazer o doutorado fora e consegui estar onde estou por meio do DCC. Converso sempre com o Meira e com o Virgílio, e sempre que vou ao Brasil tomamos um café juntos”, contou.
Para Manoel, o DCC é uma instituição de excelência, com professores excepcionais e admirável foco na experiência do aluno. “Tenho muito orgulho de ter feito parte do Departamento. Fiz iniciação científica desde o segundo período até o final da graduação, o que me proporcionou diversas oportunidades. Aprendi a fazer pesquisa e sobre a vida acadêmica. Não tenho ideia do que seria e de onde estaria hoje se não fosse o DCC, mas acho difícil estar mais realizado! Recomendo que todos façam Computação e, principalmente, no DCC”, afirmou orgulhoso.
Os seis anos no DCC, segundo o ex-aluno, não foram somente flores, houve dificuldades a serem vencidas, mas que trouxeram aprendizado e crescimento. “Não gostava de algumas matérias, como Organização de Computadores, e é normal termos preferências. Apesar disso, os desafios ajudaram a fortalecer os laços de amizade entre os colegas de turma. Para vencer os desafios do curso, sempre contei com o apoio dos meus colegas de sala. As conexões profissionais e pessoais que fiz no DCC são valiosas e as trago até os dias de hoje, inclusive o meu padrinho de casamento é um ex-colega do DCC.”, relatou.
Quanto ao curso de Ciência da Computação, Manoel aconselha a todos a se despir dos preconceitos. “A computação é uma área diversa e o DCC proporciona amplas possibilidades em campos distintos. Por isso, a Computação tem oportunidades para todo tipo de pessoa.”, falou entusiasmado.
Ao final do mestrado, o ex-aluno começou a estudar questões sociais relacionadas à tecnologia, como desinformação, moderação de conteúdo e o discurso de ódio on-line. “A computação é ampla e nos permite estudar perguntas relacionadas às ciências sociais, um campo chamado Ciências Sociais Computacionais. Meu doutorado é nessa área, e tenho me divertido muito. Minha pesquisa foi publicada em periódicos e conferências internacionais, e vem recebendo ampla cobertura midiática. Acho muito bacana fazer pesquisa numa área que pode beneficiar a sociedade como um todo!”, concluiu.
Para o professor Virgílio, Manoel está entre os melhores alunos com quem trabalhou em todos esses anos no DCC. “Além de ter uma sólida base computacional, tem também um amplo domínio das tecnologias e possui outras características especiais. Manoel tem uma fina sensibilidade para questões sociais, que lhe permite explorar uma combinação multidisciplinar cada vez mais importante, algo que poderíamos chamar computação social (“social computing’’). E, por fim, escreve muito bem e tem a curiosidade nata de um pesquisador”, falou orgulhoso.
Já para o professor Meira, Manoel já é um brilhante pesquisador e foi um excelente aluno em todos os sentidos, demonstrado pelo histórico escolar exemplar e trabalhos publicados de alto impacto. “Sempre me chamou a atenção a sua vontade de aprender e capacidade de ouvir as pessoas, virtudes que também o ajudaram e ajudam nessa trajetória de sucesso. Ele canalizou suas aspirações e ideais de uma forma bem peculiar: foi o aluno que fez mais intercâmbios e estágios no exterior que eu já conheci, sem que isso trouxesse qualquer prejuízo para a carreira acadêmica, muito pelo contrário. Ele é um ótimo exemplo de como o ambiente do DCC pode ser o ponto de partida para diferentes caminhos, aumentando as chances de sucesso e satisfação pessoais e profissionais”, concluiu empolgado.
Saiba mais sobre o Manoel no site https://manoelhortaribeiro.github.io/media e em suas redes: Twitter, Instagram e Linkedin.