“O DCC tem um ambiente que inspira as pessoas a sempre quererem fazer mais e melhor”, afirma ex-aluno

Em 2007, Vinícius Fernandes Soares Mota iniciou a carreira científica no Departamento de Ciência da Computação, onde percorreu as trilhas do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da UFMG, desde o mestrado até o pós-doutorado, se desligando do PPGCC em 2017. Neste caminho, foi orientado pelos professores José Marcos Silva Nogueira e Daniel Fernandes Macedo. Atualmente, Vinícius é professor do Departamento de Informática da Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória – ES e, para chegar onde está, segundo ele, teve diversos professores do DCC como inspirações, além de se espelhar neles no dia a dia. “Dentre os tantos professores aos quais me inspirei, gostaria de destacar dois: o José Marcos (JM), que além da experiência e conhecimento técnico, é um ser humano fantástico, e o prof. Damacedo, para os próximos. Um caso que vale ser contado, é que durante o pós-doutorado eu havia passado em dois concursos e estava com uma dúvida existencial para onde ir. Assim, marquei uma conversa com o JM, que na época estava como reitor da UFMG. Ele me recebeu na reitoria e conversamos ali durante umas 2h quase. Posso dizer, sem dúvidas, que esse momento teve um peso enorme na minha decisão. Quanto ao Damacedo, depois de sua chegada ao DCC e ao Winet (que acho que ainda se chamava ATM), ele se tornou meu coorientador, o que ocorreu de uma forma muito natural, sempre jogando luz nos trabalhos. No final das contas, só tenho que agradecer a dupla de orientadores que tive a sorte de trabalhar no DCC”, contou emocionado.

De acordo com Vinícius, o ambiente do departamento é de extremo foco, onde todos fazem sempre o melhor. “O que mais marcou no DCC foi o ambiente, onde todos querem e se esforçam para fazer o melhor. Cabe lembrar, também, a presteza de todos na secretaria. O DCC tem um ambiente que inspira as pessoas a sempre quererem fazer mais e melhor. Contudo, além disso, o fator humano deve ser destacado. Nos dez anos de departamento, minha maior lembrança é que qualquer problema ou questão burocrática que ocorria, todos se dedicavam da melhor forma para contornar o problema. Algo que talvez eu não tinha noção como estudante, mas que hoje me marca muito, é a eficiência dos servidores do DCC, eles realmente vestem a camisa do departamento e, sem dúvida, fazem a diferença!”, ressaltou.

Segundo o ex-aluno, o DCC foi primordial para que se tornasse um cientista e foi o início dessa carreira. “O departamento tem um excelente ambiente de aprendizagem e foi onde pude fazer grandes amigos. Desde que saí do departamento, ainda continuo a colaborar com o DCC por meio de projetos. Além disso, sempre que posso ir a Belo Horizonte, faço questão de me reencontrar com os professores.” Ainda segundo Vinícius, o DCC contribuiu muito para a sua vida pessoal e profissional. “Na vida pessoal, o DCC foi responsável por grandes amizades que criei, destaco aqui meu orientadores e inúmeros contemporâneos de mestrado e doutorado, muitos deles professores em diversas universidades Brasil afora. Já na vida profissional, foram praticamente dez anos no WiNet, o laboratório de redes sem fios. Foram, também, muitas conversas e colaborações com discentes e docentes de outros laboratórios. As diversas ideias, discussões e colaborações que foram embrionárias ali são marcantes e imensuráveis para minha carreira”, afirmou.

Pouco antes de iniciar o mestrado, Vinícius assinou um contrato de emprego, o qual desistiu antes de começar para poder cursar e se dedicar ao mestrado. “Acredito que se não tivesse feito a opção de desistir do emprego, com certeza minha carreira teria tido outra trajetória! Foram muitos perrengues enquanto estive no DCC, mas não me arrependo da escolha que fiz e estou muito feliz onde estou”. Vinícius conta que logo ao entrar no mestrado ou no as disciplinas e a qualificação serão os primeiros stress na academia. “Os desafios são grandes para enfrentar, desde as disciplinas até a qualificação. Na época do mestrado era bem comum o laboratório da pós estar lotado nas madrugadas e finais de semanas. Todos focados e se esforçando para entregarem os resultados. Na época que fiz o doutorado, era difícil achar uma salinha de estudo para me concentrar em estudar para a qualificação. Hoje é fácil rir disso, mas na época não era engraçado não!!”, contou sorrindo.

Para quem deseja entrar no DCC, ou já está, Vinícius ressalta a importância de que não será um período fácil, mas que vale muito a pena. “É importante ter noção, desde o início, que não será fácil!! A exigência é alta, mas não faltarão pessoas dispostas a ajudar, desde o corpo discente e docente, até todos na secretaria do DCC. O início costuma ser “mais traumático”, mas depois o ambiente ajuda para que você evolua no seu trabalho. Aos que querem ou já estão, meu conselho é que explorem além da própria mesa do laboratório. A convivência com as pessoas, tanto do laboratório que está quanto os de outras áreas ou laboratórios correlatos, pode gerar muitas sementes acadêmicas, além de grandes amizades!!!”, falou.

Assim que chegou ao DCC, Vinícius foi um dos primeiros alunos do professor Daniel. Segundo o professor, o ex-aluno era extremamente produtivo. “Conheci o Mota quando estava chegando ao DCC e ele já era aluno no mestrado e, posteriormente, foi para o doutorado. Foi um dos primeiros alunos que coorientei e, depois, orientei. Foi uma época muito boa, o Mota é uma pessoa sensacional para se trabalhar, é extremamente dedicado. Me lembro quando ocorreu o SBRC, que é a principal conferência de Redes, uma semana antes do prazo final para enviar artigo ele disse que tinha tido uma ideia para um artigo e iria escrevê-lo. Dito e feito, ele escreveu o artigo e foi aprovado. Ele sempre foi um cara muito produtivo, teve vários artigos aprovados durante o doutorado e continua assim. Não é atoa que atualmente Mota é professor da UFES, que é uma universidade muito boa, uma universidade que tem programa de mestrado e doutorado. Hoje continuamos trabalhando muito juntos. Nós temos um projeto que ele participa como pesquisador, um projeto grande da FAPESP. Além do trabalho, que é muito bom trabalhar com o Mota, ele é um cara muito bom de se ter como amigo, de farrear. Ele é o cara que fica até tarde da noite. Me lembro quando ele era aluno do doutorado e íamos sempre nos botecos. Foi também um período que teve a Copa do Mundo e assistimos a praticamente todos os jogos juntos. Agora ele está um pouco mais tranquilo, é um homem responsável, casado, com uma filha. Mas, mesmo assim, a última vez que nos encontramos quase fechamos o bar novamente”, contou sorrindo.

Para o professor José Marcos, falar sobre o Vinícius é muito fácil e prazeroso. “Foi um grande prazer quando a Nathalie solicitou-me fazer um texto sobre o Vinícius Mota. Fácil! Temos um relacionamento de amizade e profissional muito bom, que vem desde os tempos que ele veio fazer mestrado no PPGCC, na área de redes, sob minha orientação, lá pelos idos de 2007! Em dois anos ele concluiu o mestrado e imediatamente aplicou para o doutorado, que concluiu em 2015. No doutorado o interessante foi que ele o fez no esquema de co-tutela ou dupla titulação, na França, Universidade Paris-Est, com o professor e amigo Yacine GHAMRI-DOUDANE. Ficou alguns anos em Belo Horizonte e um ano em Paris. A defesa da tese foi na França. Retornando ao Brasil, fez um período de pós-doutorado na UFMG, até fazer concurso para professor na Universidade Federal do Espírito Santo, onde segue carreira. Mantemos parceria em projetos desde então. O Vinícius teve uma participação muito ativa em todo esse período que esteve estudando, trabalhou em projetos, publicou bastante. No trabalho de tese, uma das atividades dele foi ficar andando de ônibus por toda Paris para fazer medições de sinal de celular (duro, hein!). De personalidade alegre e descontraída, ele é de fácil relacionamento, gosta da vida, do dia e da noite (Acredito que na night agora não está fácil, ele e a Cris têm uma filha pequena, a Stela, muito lindinha.). No carnaval de BH (e antes de Ouro Preto), estava sempre presente e nos encontrávamos nos blocos. Muito mais tenho a dizer, mas neste curto espaço  resta-me desejar ao amigo Vinicius que tenha uma carreira brilhante e uma vida feliz, que ele merece muito”, disse entusiasmado.

Saiba mais sobre o Vinícius em sua página.

Na foto, tirada em Antuérpia, Bélgica, estão o prof. José Marcos, o Vinícius, o prof. Daniel e a Cris, esposa do Vinícius.

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