Guilherme Franciscani entrou no Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG, no início de 1988, onde cursou a graduação em Ciência da Computação. Logo em seguida, iniciou o mestrado em Redes/Computação Distribuída, defendendo a dissertação em dezembro de 1997. Orientado pelo professor José Marcos Silva Nogueira, a dissertação do Guilherme tratava da Análise do Ambiente Dce quanto ao Desenvolvimento e uso de Aplicações Distribuídas. De acordo com o ex-aluno, o DCC parecia uma grande família. “Quando entrei eram apenas 40 alunos por ano para Ciência da Computação. Desta forma, conhecíamos praticamente todo mundo, sejam professores ou colegas de outras turmas. Tínhamos muito orgulho em estudar no departamento, tanto pelo seu reconhecimento no meio acadêmico como pelas empresas. O DCC sempre representou para mim um importante pilar para o meu currículo e uma base sólida para meu conhecimento em computação. Além disso, foi um lugar onde fiz grandes amigos para a vida toda”, afirmou.
Com 30 anos de formado, completados recentemente, Guilherme conheceu o mercado de trabalho por meio de um estágio na IBM, que, segundo o ex-estudante, era um dos mais desejados por todos que estavam nos últimos períodos do curso. “O DCC contribuiu, direta ou indiretamente, para todos os passos da minha carreira. O primeiro deles foi o estágio na IBM, talvez o mais desejado da época, quando estava nos últimos períodos do curso. Atualmente tenho uma consultoria com o foco em gestão de TI, na qual a base é todo o conhecimento acumulado desde a graduação, passando por todas as experiências de gestão em empresas nacionais e multinacionais. Acredito que um profissional deve buscar construir diferenciais que o tornam atrativo no mercado. No meu caso, busquei desenvolver pilares sólidos do ponto de vista técnico (com a base do DCC), de gestão, finanças e negócios. Outra contribuição importante que o departamento me trouxe foi desenvolver a minha capacidade de análise, crítica e de síntese, para as quais o mestrado no DCC certamente contribuiu bastante”, contou.
Guilherme começou a carreira na IBM e, segundo ele, tendo como base os pilares adquiridos no DCC, atuou como diretor regional da Embratel, participou do IPO (oferta pública inicial) da Kroton enquanto diretor de EAD, foi gerente de TI na Fiat Chrysler e, por último, vice-presidente da AXXIOM Tecnologia e Inovação (empresa controlada pela CEMIG e Light) e, atualmente, o ex-aluno é sócio-diretor da Corp Tecnologia e Gestão, uma empresa focada em consultoria e assessoria em gestão de TI. “Vejo que cada passo da vida acadêmica e profissional abre espaço e um leque de opções para o próximo passo. Desta forma, sem a formação que tive no DCC, acredito que seria mais difícil ter conseguido o que consegui, pois esta base é parte importante do que sou hoje”, disse.
Enquanto estudante do mestrado, Guilherme passou por alguns desafios. “Um dos grandes desafios que vivi no DCC foi concluir minha dissertação de mestrado. Na época eu já era funcionário da IBM e tinha apenas as noites para dedicar. Como a base do estudo era um ambiente de computação distribuída instalado no Laboratório de Redes, precisava ir para o DCC praticamente todo dia. Me empenhei bastante, mas acabei precisando me dedicar ainda mais e, por isso, usei minhas férias para concluir minha dissertação de mais de 140 páginas. Certamente valeu a pena e me orgulho muito disso hoje! Dou a maior força para quem está ou quer entrar no DCC. Gosto muito de contar que meus dois irmãos mais novos, Rodrigo e Fernanda, além do meu primo Geraldo, fizeram graduação e mestrado no DCC. Estou certo de que todos não se arrependem da escolha!”, falou orgulhoso.
Segundo o professor José Marcos, Guilherme foi um aluno especial. “O Guilherme, sempre com um sorriso no rosto, naqueles tempos de 1988 – 1998, quando da sua vida acadêmica no DCC/UFMG, era uma pessoa boa de conversar. Ainda o é! Depois de muito tempo, nos encontramos recentemente em um encontro da sua turma de graduação de 1991 e tivemos um bom papo. O Guilherme concluiu seu mestrado no Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (PPGCC) em 1997, abordando o tema da computação distribuída e redes, um tópico novo para a época, tendo eu sido seu orientador. Guilherme era um aluno muito bom, independente, dedicado e tranquilo na execução de suas atividades. Não tive trabalho nenhum. Sua carreira profissional tem sido de sucesso, alcançando posições importantes nas empresas onde trabalhou. Guilherme foi o primeiro de uma série de três irmãos que se formaram na graduação e no mestrado do DCC. Depois dele veio o Rodrigo, e, em seguida, a Fernanda. Família de gente boa e competente! Foi muito bom ter tido o Guilherme como aluno, e fico orgulhoso por ter de alguma forma contribuído com sua formação acadêmica”, relatou.