Ex-aluno de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da UFMG, Paulo Rettore foi orientado pelos professores do Departamento de Ciência da Computação, Antonio A. F. Loureiro, João Guilherme Maia de Menezes e Leandro Villas, professor da UNICAMP e também ex-aluno do DCC. De acordo com Paulo, estar no DCC foi muito marcante, desde o processo de qualificação, que se mostrou preocupado com a qualidade desde o início. “O processo de qualificação, dividido em quatro provas contendo duas disciplinas cada, com o objetivo de nivelar os alunos, foi muito marcante” O DCC representou um marco em minha formação profissional como pesquisador independente. E, em minha formação pessoal, ao trabalhar próximo a pessoas altamente capacitadas e com histórias de vida diferentes, foi muito enriquecedor. Defendi minha tese de doutorado e logo em seguida consegui uma posição no Instituto de Pesquisa Aplicada Fraunhofer. Desse modo, sou muito grato ao DCC e aos meus capacitados orientadores por me suportar e permitir que eu e minha família tivéssemos essa oportunidade. Hoje busco no Instituto retribuir isso de alguma forma, tentando proporcionar aos alunos do DCC a oportunidade de também virem para cá”, falou.
Desde que defendeu o doutorado, há mais de quatro anos, Paulo mora na Alemanha e trabalha no Instituto de Pesquisa Aplicada Fraunhofer, onde hoje é cientista. No Instituto ele desenvolve pesquisa em redes táticas para a defesa da Alemanha (BAAINBw) e contribui para a comunidade OTAN. Para o ex-aluno, o DCC contribuiu para seu desenvolvimento crítico e científico, além de ter aprendido a resolver problemas de forma independente. “O DCC contribuiu para o meu desenvolvimento como freethinker, além de me permitir conhecer pessoas fantásticas e fontes de inspiração”, afirmou. “No tempo em que estive no departamento, passei por muitos “perrengues”, principalmente no âmbito intelectual. Venho de uma formação acadêmica privada, com muitas limitações. Consegui resolver parte delas durante meu mestrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mas na UFMG a exigência foi muito maior. Tive que estudar muito. Em boa parte das vezes sem muito suporte e grupos de estudos organizados. No âmbito pessoal, a qualificação por meio das provas escritas me fez buscar ajuda psicológica e quebrar um relacionamento pessoal (restabelecido logo depois)”, contou.
Para quem está ou gostaria de entrar no DCC, Paulo ressalta que a dedicação é fundamental, além de aproveitar ao máximo os recursos disponíveis. “Acredito que o DCC concentra um número elevado de intelectos por metro quadrado e, se quiser estar no meio de pessoas com habilidades distintas, este é o lugar. O DCC oferece uma infraestrutura que não é comum nas universidades federais do Brasil, sendo uma ótima referência para a formação de profissionais qualificados. Para os estudantes que ainda estão no DCC, minha recomendação é para que continuem se dedicando e aproveitem ao máximo os recursos disponíveis”, aconselhou.
Para o professor João Guilherme, Paulo foi um excelente aluno de doutorado. “Desde o começo, pude perceber que ele possuía as habilidades fundamentais para se tornar um bom pesquisador. Sua dedicação, curiosidade e capacidade de questionamento permitiram que desenvolvesse um trabalho de tese bastante interessante e com contribuições significativas para a área. Sinto-me orgulhoso de tê-lo tido como aluno e desejo-lhe sucesso em sua carreira como pesquisador”, falou.
Já o professor Loureiro conheceu o Paulo por meio de um outro aluno seu de doutorado, o Leandro Villas, que o “trouxe” para a UFMG e acabou se tornando coorientador dele. “Desde o início de seus estudos no PPGCC/UFMG, o Paulo se mostrou uma pessoa extremamente séria, comprometida e competente. Ele trabalhou na área de ITS (Intelligent Transportation Systems) e se tornou uma força motriz importante para o laboratório e, consequentemente, para outros alunos que também estavam investigando problemas nessa mesma área. A prova disso é o resultado de pesquisas e colaborações que ele estabeleceu durante o período do doutorado e que continua até hoje. O Paulo sempre foi um pesquisador independente e brilhante, o que o levou a alçar voos mais altos ao se tornar pesquisador do grupo “Communication Systems (KOM)”, no Instituto Fraunhofer FKIE, em Bonn, na Alemanha. Além de toda a sua capacidade técnica, o Paulo é uma pessoa extremamente generosa e fácil de conviver. Tenho muito orgulho de ter sido seu orientador e ver a sua trajetória pessoal e profissional”, contou orgulhoso.
Saiba mais sobre o Paulo https://br.linkedin.com/in/paulo-rettore-485a06170 e https://www.researchgate.net/profile/Paulo_Rettore