“No DCC somos transformados em algo melhor”, afirma ex-aluno

Orientado e coorientado pelos professores José Marcos Silva Nogueira e Daniel Fernandes Macedo, respectivamente, Virgil Del Duca Almeida, ex-aluno do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG, cursou o mestrado entre os anos de 2009 e 2011. Neste período, segundo ele, os “perrengues” foram os mais frequentes de um pesquisador. “Foram simulações com resultados inesperados; momentos de dificuldade emocional minimizados quando compartilhados com os amigos do laboratório; comemorações em cada publicação e defesa, além dos desafios apresentados em cada disciplina e a clássica era a tremida de perna nas provas da professora Jussara Marques de Almeida, em especial na disciplina Métodos Quantitativos em Ciência da Computação Experimental. Ela dizia uma frase que hoje entendo ainda melhor: “Escolher a ordem e quais questões fazer também faz parte da prova”. Em outras palavras, era: Se escolher errado você não vai concluir nenhuma questão”, contou sorridente.

Segundo o ex-estudante, o período de estudo não foi fácil, mas o processo de transformação que viveu no DCC o preparou para enfrentar todos os desafios que viriam após formado. “Não é fácil, como nada será. No DCC somos transformados em algo melhor, como no processo de transformação do ferro em aço, somos preparados, submetidos a muito calor e pressão para, ao final, sermos ainda mais resistentes, capazes e úteis. Se quer entrar no departamento, ou já está, pode ter a certeza de que você pode e consegue, tanto entrar quanto finalizar o seu curso. Fui orientado pelo querido e amigo professor José Marcos, com quem aprendi a ser melhor em muitas coisas: profissionalmente, pessoalmente e até artisticamente, já que frequentamos juntos as aulas de dança no ICB. Já o professor Daniel, meu coorientador, outra pessoa muito especial pra mim, nunca deixou de me guiar e me erguer nas dificuldades. Em várias situações ele se sentou ao meu lado e, com toda a paciência e calma, revisava comigo todo o problema em busca da solução. Eles despertaram em mim algo que escolhi como profissão: ser professor. Este apoio foi fundamental e é um diferencial no DCC, as pessoas, se está lá ou quer entrar, verá”, afirmou.

Para Virgil, foram muitas as oportunidades vivenciadas no período em que esteve no DCC. Além disso, de acordo com o ex-aluno, enquanto esteve no departamento construiu amizades e valores que o levaram e o mantém onde está. “O DCC contribuiu muito em minha vida profissional e pessoal, hoje sou professor no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), no Campus Betim, e atuo na docência da mesma área em que me preparei no DCC. O departamento representa, para mim, referência e fonte de inspiração. Certamente não estaria onde estou se não tivesse feito meu mestrado lá. Estou no IFMG desde 2014, já ocupei diversos cargos, como coordenador de curso, polo de ensino a distância e, em especial, por último, fui coordenador de Extensão do Campus. O período em que estive no DCC me marcou bastante”, falou.

Para o professor Daniel, a passagem do Virgil pelo Laboratório Wireless Networks (WiNet) durante o mestrado foi marcante para todos. “O Virgil é uma pessoa incrível! Além de extremamente gentil, disponível, “pau pra toda obra” e com um convívio maravilhoso com todos, sempre é super atencioso. Virgil é daquelas pessoas que qualquer assunto que você vá conversar ele é “todo ouvidos”. Super quisto por todos no laboratório, Virgil foi um excepcional aluno, sendo seu jeito e competência marcantes em todas as situações profissionais. Prova disto é o destaque que tem no IFMG, onde já ocupou cargos importantes, assume várias responsabilidades e sempre está envolvido em projetos de extrema relevância”, disse.

Segundo o professor José Marcos, ter o Virgil como orientando foi motivo de muito orgulho. “O Virgil chegou ao DCC no final da primeira década do século XXI para fazer mestrado em Ciência da Computação, vindo do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Cotemig. A área que ele escolheu era a de redes de computadores, o que foi um grande desafio, principalmente porque trabalhou com avaliação de desempenho de protocolos de comunicação. Mas, apesar do enorme desafio, ele se saiu muito bem no mestrado, que foi orientado por mim e pelo professor Daniel Macedo. Na época, o Laboratório de Redes de Computadores, que ainda não era o WiNet, estava bastante efervescente com vários projetos e muitos alunos de graduação, mestrado e doutorado. O Virgil, totalmente integrado, destacava-se no grupo pela sua educação, coleguismo, responsabilidade e interesse em aprender. Sempre foi uma pessoa muito respeitosa, alegre e de prosa boa. Também estava constantemente presente nos eventos importantes do grupo, nos encontros de confraternização fora do ambiente do campus e acompanhado pela sua então namorada/noiva, a Rafaela, uma simpatia de menina, também muito alegre. O Virgil, após o mestrado, ficou um tempo conosco, mas logo ingressou na academia para seguir carreira de docente. Hoje é professor do IFMG. Tenho boas lembranças do Virgil e tenho orgulho de ter sido seu professor e poder de alguma forma ter contribuído com sua formação”, contou orgulhoso.

Veja a série completa.

Virgil e a esposa Rafaela. Foto cedida pelo professor José Marcos.

Acesso por PERFIL

Pular para o conteúdo