“Aqueles que desejam cursar o doutorado no DCC tenham a certeza de que irão mudar suas carreiras para um outro patamar de conhecimento” afirma ex-aluno

Com graduação e mestrado em Engenharia Elétrica, Luiz Henrique Andrade Correia atuou como Engenheiro Eletricista por quatro anos em empresas como a TELEPAR e TELEMIG, onde exercia atividades relacionadas a Redes de Computadores e Teleinformática. Em 1997, passou no concurso para professor assistente na Universidade Federal de Lavras (UFLA), no curso de Ciência da Computação. Assim, devido à área de atuação na UFLA, à experiência profissional anterior e à grande vontade em aprender mais sobre Redes de Computadores, optou por fazer o doutorado em Ciência da Computação. “A Internet começava a crescer no mundo e propunha aplicações até então inimagináveis. Diante disso, optei em buscar uma carreira acadêmica, na qual pudesse estudar e aperfeiçoar na área de Redes de Computadores. Em 2000, fui ao Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG) para conversar com os professores do programa de doutorado. Gentilmente recebido pelo então coordenador do programa, professor José Marcos Silva Nogueira, obtive explicações de como funcionava e incentivo a participar do processo seletivo. Assim, em 2001, fui selecionado”, contou.

De acordo com Luiz Henrique, a turma à qual fazia parte era muito unida e dedicada e tinha 15 alunos de vários lugares do Brasil e do exterior. No início do curso era difícil, com muitas disciplinas às quais não havia tido contato na graduação ou no mestrado. “A disciplina de Teoria da Computação talvez tenha sido a mais distante da minha formação, mas com as excelentes aulas do professor Newton José Vieira e a ajuda dos meus colegas, acabei aprendendo bastante e tendo êxito na disciplina. Na época, o famoso “exame de qualificação” era o ‘bicho papão’ do doutorado, mas havia a opção de cursar as disciplinas de Teoria da Computação, Arquitetura de Computadores e Projeto e Análise de Algoritmos para eliminar o exame, caso fosse aprovado com nota superior a 90. Apesar da diferença da minha área de formação, com muita dedicação consegui ser aprovado nas disciplinas e eliminar o exame de qualificação. Foram disciplinas fundamentais, anos depois do doutorado comecei a lecionar conteúdos baseados nelas”, narrou.

Após concluir o exame de qualificação, Luiz Henrique foi trabalhar no antigo Laboratório ATM, hoje Laboratório Wireless Networks (WINET), e foi orientado pelo professor José Marcos. “O professor abriu as portas para as pesquisas acadêmicas em Ciência da Computação. Participei de projetos de pesquisas, como o QoSware “Qualidade de Serviço Fim a Fim”, convênio entre a UFMG e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no período de 2002 a 2004 e, a partir de 2003, do grupo de pesquisa SensorNet. Incentivou-me a publicar artigos desde o início do doutorado – com ele aprendi a redigir e revisar artigos científicos para congressos e publicação em revistas. Levou-me a participar de congressos da área de redes, como o 19ª Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC)”, disse.

Segundo o ex-aluno, o DCC sempre proporcionou um ambiente bastante colaborativo para o desenvolvimento de pesquisas. Na sala do café do Departamento, por exemplo, Luiz Henrique contou que frequentemente havia reuniões com o professor Antônio Alfredo Ferreira Loureiro. “Muito atencioso, nos mostrava novas perspectivas de soluções para os problemas e indicava novas direções. Esta sala de café, na verdade, era e é um grande centro de reuniões para discussão de problemas entre os alunos e os professores. É um lugar aprazível e que acaba nos aproximando e nos mantendo focados durante o doutorado. Muitas vezes, meus colegas e eu subíamos para lá para debatermos os problemas das nossas teses e, claro, tomar um cafezinho da dona Antônia Maria da Rocha, que sempre foi uma delícia”, contou saudoso.

A partir das pesquisas em redes de Sensores Sem Fio (RSSF), dentro do projeto Sensornet, Luiz Henrique desenvolveu a tese de doutorado intitulada “Técnicas de Controle de Potência para Protocolos MAC em Redes de Sensores sem Fio” e defendida em novembro de 2006. Como contribuições à tese, foram publicados seis artigos diretamente relacionados e seis de trabalhos ligados ao tema de RSSF. Segundo o ex-aluno, o convívio com os professores do DCC e a formação que obteve durante o doutorado foram determinantes em sua carreira de pesquisador. “Ao final do meu doutorado, retornei à UFLA e me dediquei integralmente ao ensino e à pesquisa na área de Redes de Computadores. Consegui aprovar vários projetos em órgãos de fomento, publiquei diversos artigos em eventos nacionais e internacionais, jornais de alto fator de impacto e projetos para bolsa de produtividade em pesquisa. Com a experiência vivida no DCC, contribui para a criação do mestrado em Ciência da Computação na UFLA, onde atuo como professor permanente desde a criação em 2012. Neste período, já orientei 15 alunos de mestrado, vários trabalhos de iniciação científica e de conclusão de curso. Também fui coordenador do mestrado por dois mandatos consecutivos”, descreveu.

No início de dezembro, Luiz Henrique prestou concurso para professor titular na UFLA e foi aprovado com louvor. De acordo com o ex-estudante, o DCC teve papel fundamental para que isso pudesse acontecer, já que a formação obtida durante o doutorado contribuiu de maneira significativa para concretizar a carreira acadêmica, tanto no que diz respeito ao ensino, à pesquisa e à extensão, quanto na vida pessoal. “Considero que o DCC tem um dos melhores programas de doutorado do Brasil e fico muito feliz por fazer parte dessa história. Continuo enviando artigos para congressos, simpósios e revistas, além de fazer parte da SBRC com revisor e membro do TPC. Devo isso ao professor José Marcos e a todos do DCC, colegas e professores, que me ensinaram muito e contribuíram com a minha formação”, afirmou.

Para Luiz Henrique, o doutorado no DCC prepara os alunos tanto para uma carreira acadêmica de sucesso quanto para o mercado de trabalho. “Aqueles que desejam cursar o doutorado no Departamento tenham a certeza de que irão mudar suas carreiras para um outro patamar de conhecimento, onde terão professores competentes, comprometidos e preparados. É um dos melhores cursos do Brasil e equiparado aos melhores do mundo. Tenham a certeza de que irão alavancar a carreira e melhorar o conhecimento”, concluiu.

De acordo com o professor José Marcos, desde que conheceu Luiz Henrique, em 2000, quando antes de iniciar o doutorado o procurou no DCC, iniciou-se uma grande amizade. “Lula, como o chamamos, é uma excepcional pessoa, um aluno dedicado e que se destaca. Já era professor em Lavras quando passou na seleção do doutorado e entrou para trabalhar comigo. Foi um período muito bom, Lula fez o curso com muito mérito, envolveu-se com o grupo e em todos os projetos. Somos amigos até hoje e sempre que conseguimos nos encontramos. Recentemente, Lula passou com louvor em novo concurso e chegou ao topo da carreira como professor titular na UFLA, onde contribui com o crescimento da pesquisa e da Universidade. Tenho muito orgulho do meu ex-aluno e amigo”, contou emocionado.

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