Amizade, desafios, aprendizado e vitórias marcam o caminho de ex-aluno do DCC/UFMG

Ex-aluno do doutorado do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais, Omar Vidal Pino finalizou a pós em 2020, após um período afastado por problemas familiares. Orientado pelo professor Mario Fernando Montenegro Campos e coorientado pelo professor Erickson Rangel do Nascimento, segundo o ex-estudante, o alto nível do corpo docente, o rigor científico da pós-graduação, a infraestrutura, organização a qualidade humana são diferenciais no Departamento.”O nível do DCC é muito alto, não é atoa que é o Top 3 no Brasil e nota 7 na Capes. As pessoas que convivi sempre foram excepcionais comigo e isso foi muito importante, nem sempre ser um bom profissional implica ser uma boa pessoa. Por exemplo, no Laboratório de Visão Computacional e Robótica (VeRLab), onde trabalhei, fiz muitos amigos”, disse.

Segundo Omar, o profissionalismo e a exigência máxima do Departamento representou e ainda representa muito em sua vida, já que teve uma excelente formação como pesquisador. “O DCC/UFMG foi a porta que abriu meu caminho para novos horizontes. Sempre serei eternamente grato a todas as pessoas com quem convivi, pois o profissional que sou hoje é, sem dúvida, uma consequência direta dessa etapa da minha formação profissional no Departamento. Pessoalmente, ajudou-me a formar uma cultura de esforço e resiliência. Profissionalmente, construiu em mim as ferramentas necessárias para uma carreira de pesquisador. Tenho certeza de que se não tivesse passado pelo DCC não estaria onde estou hoje”, afirmou.

Omar é Cubano e em seu país era professor da Universidade de Las Tunas. Durante a pós-graduação no Brasil, passou por muita dificuldade para conciliar os desafios da vida pessoal com as exigências do doutorado no DCC/UFMG. Além dos problemas de adaptação a um país novo, nova cultura e idioma, o ex-aluno passou por perdas de entes queridos. “Foi realmente desafiador manter o foco na pesquisa em meio a um “tsunami” de emoções que passei no campo pessoal e, ao mesmo tempo, cursar o doutorado. Além disso, tinha a língua, já que algumas palavras que temos são iguais, mas com significado muito distintos, como a palavra “esquesito” que custei a entender que no Brasil é estranho (risos). Apesar das dificuldades, felizmente tive muitas pessoas que me ajudaram para que tudo desse certo. Sou realmente muito grato a todos que estiveram comigo durante a minha pós. Estudar no Departamento foi um privilégio e tenho a certeza de que com esforço e dedicação, se você quer entrar ou já está, vai conseguir seus objetivos”, declarou.

Há um mês atrás, ainda no Brasil, Omar era o principal pesquisador e gerente de Desenvolvimento de Software na área de Visão Computacional e Aprendizado de Máquina na Maxtrack. Atualmente é bolsista da Marie Sklodowska-Curie Europe. “Estou dirigindo a pesquisa de um dos projetos financiados pela TecnioSpring Industry na Catalunha, Espanha. O projeto tenta usar tecnologias de Visão Computacional, Inteligência Artificial e Realidade Mista para criar óculos inteligentes para pessoas com baixa visão e, assim, melhorar sua mobilidade (veja a demonstração)”, contou.

Para o professor Mario, ver o sucesso dos alunos é muito gratificante. “Temos trabalhado com excelentes alunos e muito nos alegra vermos o sucesso que vêm alcançando em suas trajetórias profissionais e acadêmicas. O VeRLab tem sido muito privilegiado nesse aspecto, o que nos enche de grande orgulho e satisfação!”, falou.

Já segundo o técnico do VeRLab, Maurício Ferrari Santos Corrêa, o convívio diário com o ex-aluno era muito enriquecedor e alegre. “O Omar sempre foi muito esforçado, divertido e disposto a ajudar. Ele ajudou a configurar algumas partes da infraestrutura de rede do VeRLab e JLab. Também lembro que tentou aprender o bom e velho truco mineiro, mas não foi muito fácil de explicar porque a gente gritava seis, mas a rodada valia oito tentos (risos). No futebol com a turma, ele tinha fama de “butineiro” (risos), mas eu não cheguei a me arriscar na dividida com ele. Outro assunto que ele mandava muito bem era na salsa cubana, tradição de família, até aproveitei para pegar umas dicas!”, disse.

Saiba mais sobre o Omar em seu Linkedin.

Veja a série completa.

Acesso por PERFIL

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