Mestre formado no Laboratório de Compiladores do DCC/UFMG tem alto desempenho como engenheiro de compiladores em empresa espanhola

Alta qualidade no ensino na área de compiladores, matérias complementares, além de muita amizade marcam o mestrado e a vida profissional de ex-aluno do DCC

Graduado em Computação pela Universidade Federal da Bahia e com experiência prática em trabalhos voluntários na área de compiladores, Caio Lima, ex-aluno do mestrado do Laboratório de Compiladores do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG), sentiu a necessidade de ampliar seus conhecimentos teóricos, melhor embasar sua vida profissional e ampliar projetos. Para tanto, saiu da Bahia, em 2017, e ingressou no DCC, onde cursou o mestrado na área de compiladores e se formou em 2019.

Segundo Caio, a área exige um background ampliado de teoria de linguagem para o desenvolvimento de projetos de relevância na área de compiladores. “Quando entrei no DCC comecei a lidar na área de compiladores e, principalmente, em otimizações para linguagem JavaScript, onde demos um cunho de pesquisa para um projeto que vinha trabalhando de forma voluntária. Isso me trouxe grande aprendizado com tecnologias de códigos de navegadores e com o que se desenvolve na indústria, o que me levou para um estágio em pesquisa no Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique (INRIA), na França, onde também aprendi muito na área de compiladores e otimização”, afirmou.

Foram diversos frutos advindos do período em que esteve no DCC, dentre eles, a publicação do artigo “Guided just-in-time specialization”, o trabalho como estagiário na Apple e o início da carreira na empresa espanhola que trabalha em home office atualmente, Igalia. “Toda a experiência que adquiri no DCC foi relevante para que conseguisse esse emprego, a área de compiladores é bem específica e, nos dois anos de mestrado, consegui focar e ter resultados extremamente positivos”, contou.

De acordo com Lima, algumas faculdades estão um pouco distantes do mercado de trabalho, o que difere do DCC. “Os fundamentos que aprendi durante o mestrado estão presentes em todas as discussões profissionais. A área de compiladores lê muito bem a teoria e a prática e as matérias que tive durante o mestrado foram e são muito importantes para resolver problemas em meu dia a dia profissional”, esclareceu.

Ao mesmo tempo, Caio ressaltou que a união e amizade durante o mestrado o acompanham até os dias de hoje. “Muitos dos meus colegas da época do DCC são hoje amigos muito próximos, o que fortaleceu o meu networking e, também, me faz pensar sempre em voltar para Belo Horizonte, uma cidade que tenho muito carinho e que tem um mercado muito mais aquecido que o de Salvador, onde atualmente moro”, concluiu.

Já o professor do DCC e coordenador do Laboratório de Compiladores Fernando Magno Quintão Pereira, contou que na Igalia, empresa que mantém o ambiente de execução de JavaScript usado pelo navegador Safari, da Apple, o código que Caio escreve é usado por milhões e milhões de pessoas. “Hoje ele, inclusive, participa do comitê gestor TC39, um dos comitês técnicos da organização de padrões ECMA Internacional, o que muito nos orgulha”, comemorou.

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