Home Office, que já era comum entre os ex-alunos DCC contratados, tornou-se realidade e ampliou a oportunidade de permanência no Brasil
Muitos dos alunos da graduação do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG) já entram na universidade com o foco na pesquisa e traçam os caminhos em busca não só do conhecimento, mas de produzirem algo que contribua para o desenvolvimento da sociedade. Para tanto, ao se formarem, tornam-se egressos no Departamento para o mestrado e doutorado e, ainda durante os estudos, devido a alta qualificação, são procurados por grandes empresas internacionais. Mas, ao contrário do que muitos pensam, continuam trabalhando no Brasil e, inclusive, em suas cidades de origem.
Esse foi o caso do ex-aluno do DCC, Gabriel Magno, que aos 18 anos entrou na graduação e, desde o quarto período, fez iniciação científica e seguiu seus estudos sob a orientação do professor Virgílio Augusto Fernandes Almeida. Nos 12 anos em que permaneceu na UFMG, estabeleceu parcerias em pesquisas com outras universidades do Brasil, da Ásia e dos EUA, morando, inclusive, algum tempo nesses outros continentes.
Ainda durante o doutorado, em 2019, Gabriel foi convidado a fazer parte da equipe de uma das empresas líderes em tecnologia de recrutamento: a SEEK, um grupo internacional de empresas, com sede na Austrália, que opera sistemas de criação e operação de mercados de empregos on-line. De acordo com o ex-aluno, toda a dedicação aos estudos e a alta qualificação recebida enquanto aluno do DCC trouxe oportunidades ímpares para que pudesse ingressar no mercado de trabalho de forma sólida. “Hoje utilizo os conhecimentos adquiridos no departamento para desenvolver diversos e diferentes sistemas de Inteligência Artificial nas empresas da SEEK. Tais programas auxiliam e facilitam tanto aqueles que buscam emprego quanto os recrutadores”, afirmou.
Apesar de trabalhar em uma empresa internacional e ter a oportunidade de morar no exterior, Gabriel exerce sua profissão em Belo Horizonte, junto à família e amigos. Segundo o professor do DCC, Fernando Magno Quintão Pereira, esta é a realidade entre os vários egressos do departamento que estão no mercado de trabalho. “O Gabriel poderia ter saído do Brasil facilmente. Trata-se de um aluno genial, que se daria bem em qualquer lugar do mundo. Ainda assim ele escolheu continuar por aqui. Vários de nossos egressos fizeram escolhas semelhantes e, também, as empresas estrangeiras enxergam as vantagens em manter esses profissionais em seu país de origem. As pessoas formam redes: uma chama a outra e as oportunidades vão surgindo, tanto para os nossos ex-alunos quanto para os empregadores internacionais”, explica o professor.