Formado em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católlica de MInas Gerais (PUC/MG), Alexandre Wagner Chagas Faria fez o mestrado no Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG) sob a orientação do professor Arnaldo de Albuquerque Araújo a quem tem muita gratidão. “Devo muito ao professor Arnaldo, que me deu um voto de confiança enorme ao me aceitar como seu orientando. Além de não me conhecer, eu era um aluno com uma formação fora da área da Computação e, mesmo assim, me acolheu sempre com sua serenidade e palavras de incentivo. Graças ao seu voto de confiança e ajuda durante o curso, juntamente com o professor David Menotti, ex-aluno do DCC, professor há época da Universidade Federal de Ouro Preto e meu coorientador, consegui realizar o grande sonho de fazer o mestrado no DCC/UFMG. Posteriormente fiz o doutorado no Departamento de Engenharia Elétrica, também na UFMG”, contou agradecido.
Segundo Alexandre, durante o mestrado também teve a oportunidade de conviver e aprender com outros excepcionais professores, como os docentes Antonio Alfredo Ferreira Loureiro e Mario Fernando Montenegro Campos. “Tive a honra de ser aluno, ao longo da jornada do mestrado, de professores que contribuíram enormemente para minha formação. Antônio Loureiro e o Mario Montenegro, ambos com um conhecimento enorme em suas áreas, com uma habilidade impressionante de passar conhecimento e inspirar alunos, foram inspiração. Agradeço muito aos dois pelas aulas, transmissão de conhecimentos e vários conselhos ao longo do curso”, falou grato.
Segundo o ex-aluno, é difícil escolher um único evento que o tenha marcado durante o tempo em que esteve no DCC/UFMG, já que certamente foram vários. Mas, para ele, talvez o mais marcante foi a oportunidade de estudar com professores de tão alta excelência em um ambiente bárbaro e inspirador, o que o encantava. “Um ponto específico, que sempre me lembro com grande alegria e orgulho, foi a oportunidade de apresentar meu artigo principal de mestrado, na Suíça, em um congresso muito bem-conceituado e com todas as despesas custeadas pelo DCC/UFMG. Foi uma experiência gigante e sempre que lembro me traz saudades”, relatou emocionado.
Para Alexandre, o DCC/UFMG é um lugar que transpira pesquisa, conhecimento e oportunidades. A cada discussão com um professor, há um insight de uma pesquisa ou um tema que vale a pena conhecer mais. “O DCC/UFMG foi um grande marco em minha vida acadêmica, abrindo um novo mundo repleto de conhecimento e pesquisa. Além da parte técnica, que ajudou demais durante minha carreira docente e também na indústria, o Departamento contribuiu muito para a formação do pensamento científico de pesquisa e resolução de problemas ligados às áreas de computação. A cada matéria, a cada pesquisa, a estruturação do conhecimento para resolver um problema era sempre exercitada. Definição clara do problema; o que outros fizeram e estão fazendo para abordar este problema; quais as áreas e os conceitos teóricos que envolvem este problema; o que posso fazer para melhorar os resultados existentes; validar minha proposta; analisar e revisar o que foi proposto, enfim, este era um caminho que a cada trabalho era exercitado por todos, e até hoje em meu trabalho aplico muito ainda esta forma de pensar”, descreveu.
Como não tinha formação em Computação, Alexandre teve um grande desafio no início do curso. Logo de entrada, teve que aprender conceitos complexos como: notação assintótica, análise de complexidade de algoritmos, equações de recorrências, árvore geradora mínima, algoritmos de ordenação, grafos, circuitos Eulerianos e Hamiltonianos, dentre outros. “A minha reação inicial ao ver isso foi “O que é isso tudo? Nunca ouvi falar! Não vou conseguir!…”. Mas, com muito estudo, resiliência e a confiança que o professor passava durante as aulas, aos poucos esses novos conceitos foram sendo absorvidos e passei a me sentir mais confortável naquele novo e maravilhoso mundo. Aproveite cada momento, cada troca de ideia com um colega e cada conselho de um professor. Se pudesse dar um conselho para quem deseja entrar ou acabou de ingressar no DCC/UFMG: seria aprofundar sempre mais cada tópico que for abordado em sala de aula a, se envolva nos grupos de pesquisas e Laboratórios, aprenda coisas novas. O tempo ali passa rápido, e o que se leva é para vida toda”, disse.
Outro ponto marcante do DCC/UFMG para Alexandre é o nível técnico dos professores e os estudos de ponta que são desenvolvidos. “Nunca me esqueço do do ambiente agradável do Departamento e a cordialidade de toda equipe da secretaria, estes foram momentos que sempre lembro. Todos os alunos interessados têm oportunidade de participar e vivenciar por inteiro o Departameto”, falou saudoso.
Alexandre trabalha há 24 anos na STELLANTIS, como coordenador de Validação de Software e Sistemas Eletroeletrônicos Veiculares e, por 10 anos, foi professor adjunto na área de Algoritmos do Centro Universitário UNA.
Para David Menotti, hoje professor na Universidade Federal do Paraná, Alexandre é uma pessoa diferenciada, com um coração enorme, bom caráter, humano e amigo fiel. Além disso, como estudante, sempre foi muito dedicado, esforçado, responsável, organizado, focado e incansável na busca por conhecer e aprender mais e mais. “Alexandre foi o primeiro aluno que coorientei e me envolvi muito com o seu trabalho, que também era muito desafiador e inovador. Fizemos algo que seria usado na prática e isso era muito motivador para nós dois. Foi um momento mágico e especial, não só tê-lo como aluno mas, com o passar do tempo, como amigo. Tenho muito orgulho em ter feito parte da construção da sua vida acadêmica. Além disso, como pessoa, Alexandre é ímpar, sem retoques, não tenho palavras para descrever o ser humano que ele é”, falou orgulhoso.
O professor Arnaldo conta que vindo da indústria automobilística e com formação em Engenharia Elétrica, Alexandre tinha um trabalho interessante. “Alexandre tinha a tarefa de verificar o painel de instrumentos de um automóvel e teve a iniciativa de procurar no NPDI uma maneira para fazer uma dissertação de mestrado, no DCC/UFMG, com este objetivo. Foi interessante ter um mestrando vindo da indústria, bastante interessado e focado em realizar seu trabalho. Com a ajuda do professor Menotti, o Alexandre pôde melhorar seu currículo com publicações e conseguiu uma vaga para realizar seu doutorado em Engenharia Elétrica na UFMG”, contou.
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