Nascido e criado em Pelotas, Rio Grande do Sul, com graduação em Engenharia de Computação, na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Paulo Lilles Jorge Drews Junior veio para Belo Horizonte para cursar o mestrado e o doutorado no Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (PPGCC) da UFMG. Paulo sempre gostou de computação. Inspirado pelos pais, também engenheiros, resolveu cursar Engenharia por influência da família. Desta forma, unindo as duas coisas, fez Engenharia da Computação. “Sempre gostei de computadores e de programar! A Computação é uma área relativamente nova, não existia “muito bem” na época dos meus pais. Sempre tive muito apoio deles, e a inspiração da minha mãe, professora universitária aposentada. Meu primeiro contato com o computador foi no trabalho da minha mãe, quando criança, e ele sempre me fascinou!”, contou.
No último ano da graduação, em 2007, Paulo participou de um evento chamado SBAI – Simpósio Brasileiro de Automação Inteligente, onde estava o seu futuro orientador, o professor do Departamento de Ciência da Computação, Mario Fernando Montenegro Campos. “Eu apresentei meu trabalho, ele gostou (eu acho?! – risos) e me convidou para trabalhar com ele em Belo Horizonte. Gostei do desafio! Sempre gostei de desafios, de ir “mais longe”, e parecia ser a hora. Me inscrevi para fazer mestrado em outras tantas universidades, felizmente passei em todas, mas escolhi o Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG. Na época não havia pós-graduação stricto senso em Computação na universidade que fiz a graduação”, falou.
Assim, em 2008 Paulo deixou sua cidade natal e veio para Belo Horizonte para cursar o mestrado no DCC/UFMG. “Entrei no DCC em março de 2008, quando comecei o mestrado, ficando até dezembro de 2009. Depois retornei em agosto de 2011 para fazer o doutorado, ficando até fevereiro de 2016. No mestrado fui orientado pelo professor Mario Campos e coorientado pelo professor Jorge Dias, da Universidade de Coimbra – Portugal. Já no doutorado, fui também orientado pelo professor Mario Campos, mas coorientado pelo professor Erickson Rangel do Nascimento. Fiz um doutorado sanduíche, sendo o meu supervisor o doutor Alberto Elfes, do CSIRO-Australia”, relatou.
Durante os cursos, Paulo ficou marcado pelo grande aprendizado que teve. “O que mais me marcou no DCC foi o rigor científico do trabalho realizado. Foi um grande aprendizado. Também o ambiente de colaboração interna, tanto dentro dos grupos de pesquisa quanto entre os grupos, é surpreendente. O DCC representou crescimento e oportunidades. Me ajudou bastante a crescer como pesquisador, e também me ajudou a abrir portas mundo afora. As oportunidades que tive de fazer o mestrado e o doutorado foram importantíssimas para minha carreira científica. O DCC fez a minha formação científica e contribuiu para estar onde estou hoje, como professor, mas principalmente como pesquisador, Se eu não tivesse passado pelo DCC não sei onde estaria, mas com certeza não seria na área acadêmica”, afirmou. Paulo atualmente é professor adjunto da FURG.
Segundo Paulo, o estar no DCC também proporcionou a ele que fizesse inúmeros amigos, além de viver em uma capital. “O DCC me permitiu conhecer e fazer inúmeros amigos, além de viver na “cidade grande”. Foi um período de intenso aprendizado em vários sentidos. Sinto falta da culinária mineira. Ahhh, #saudade dos discos de queijo canastra! Do feijão tropeiro! Do pão de queijo do intervalo de trabalho no DCC! Também morei em repúblicas em Belo Horizonte, com colegas do nordeste, assim aprendi a comer muita comida nordestina! A única decepção foram as “carnes pro churrasco gaúcho”, nunca consegui comprar as “boas”! Nunca esqueço um churrasco com os colegas do laboratório que resolvi fazer! A carne me deixou na mão…hahahah!”, disse sorrindo. Para Paulo, as amizades também foram muito marcantes enquanto esteve no DCC. “O que mais me marcou foi as amizades que fiz, com colegas, que hoje são docentes em diferentes lugares, incluindo na UFMG e no DCC. Essa rede de amigos e colegas me acompanha e faz toda diferença”, afirmou.
Durante o curso Paulo passou por alguns desafios, já que não era egresso do curso de Ciência da Computação. “Como não sou egresso da Ciência da Computação tive que ter “aquele esforço adicional” para passar bem por PAA, e depois, no doutorado, pela qualificação, principalmente em Teoria da Computação. Mas foram de bastante aprendizado. Não se pode dizer que foram “perrengues”, mas desafios. Fazer o doutorado trabalhando nos primeiros dois anos (eu já era docente na FURG), e a parte experimental do trabalho, levando robôs para Lagoa Santa e para a Serra do Cipó foi desafiante”, disse.
De acordo com Paulo, fazer uma pós-graduação é sempre uma excepcional oportunidade. “Posso dizer a todos que fazer pós-graduação é sempre uma magnífica oportunidade. Ela abre inúmeras portas e é um excelente investimento pessoal. Abre portas que vocês nem imaginam… e quando se fala em Ciência da Computação, o DCC é um lugar de excelência e bastante acolhedor”, disse.
De acordo com o professor Mario Campos, foi um privilégio trabalhar com o Paulo Drews como orientador de mestrado e doutorado. “O Paulo sempre se destacou pelo seu dinamismo, pelo seu trabalho sério, diligente e pela sua capacidade de trabalhar em equipe, sempre incluindo os colegas de laboratório em diversas iniciativas e desafios de pesquisa”, afirmou orgulhoso.
Saiba mais sobre o Paulo em seu site: http://paulo.c3.furg.br/