“Adquiri no DCC habilidades científicas que trazem diferenciais no mercado”, garantiu ex-aluno

Ex-aluno do mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da UFMG, Gustavo Pantuza formou-se sob a orientação do professor do Departamento de Ciência da Computação (DCC), Luiz Filipe Menezes Vieira, coorientação dos professores Marcos Augusto Menezes Vieira e Dorgival Guedes, tornando-se mestre em Ciência da Computação nas áreas de Redes e Sistemas Distribuídos. Segundo o ex-aluno, o respeito e o rigor com a Ciência da Computação foi algo que ficou marcado para sempre após passar pelo DCC. “O DCC me mostrou isso, boas soluções e produções científicas exigem profundidade, mesmo em soluções consideradas simples”, afirmou.

No período em que esteve no DCC, Pantuza teve a possibilidade de fazer algumas contribuições científicas para a Ciência da Computação, o que, segundo ele, foi muito valioso e o fez crescer muito profissionalmente. “A forma madura como a instituição trata seus alunos de pós-graduação foi muito marcante. O departamento não te enxerga apenas como um estudante, mas como um pesquisador em aprendizado. Embutido a isso vem as responsabilidades e os desafios técnicos de comunicação verbal e escrita. Tudo isso é fundamental, não somente para o pesquisador em Ciência da Computação, mas também para o profissional que está se aperfeiçoando em qualquer pós-graduação. A proficiência na leitura e interpretação de artigos científicos que adquiri me permitem hoje extrapolar a minha área de atuação e, sempre que necessário, leio artigos de outros assuntos, o que impacta diretamente na forma como abordo problemas em minha vida pessoal”, contou. 

Durante o percurso no DCC, Gustavo passou por “perrengues”, mas também por episódios divertidos. Um dos que mais o marcou foi a decisão que ele e os colegas do laboratório tiveram em comprar uma máquina de café. Parece coisa simples, mas, segundo o ex-aluno, levou-se tempo para definirem qual máquina comprar. “Durante o mestrado eu trabalhava no laboratório WINET, e tivemos grande dificuldade para comprar uma máquina de café para o laboratório. Foi bem engraçado! Fizemos uma vaquinha para conseguir o dinheiro, mas quem disse que conseguimos decidir qual máquina iríamos comprar? Aquele clássico problema de quantos engenheiros são necessários para trocar uma lâmpada! Após longos debates, conseguimos nossa querida máquina de café! Ela tornou os dias mais produtivos e maximizou a colaboração entre os pesquisadores, pois agora, cada dia alguém chegava com um bolinho, biscoito ou pão de queijo para acompanhar o cafezinho”, lembrou saudoso.

Analisando o passado, vendo o presente e imaginando o futuro, Gustavo acredita que o DCC representa uma das fontes mais importantes de produção científica do país e é de extrema relevância acadêmica no mundo. “É muito satisfatório ter feito parte do DCC. O método científico, o modo de trabalho de questionar tudo e a busca incessante por refutar/provar hipóteses são “superpoderes” que adquiri no DCC. Essas habilidades científicas trazem diferenciais no mercado. São ferramentas que, na minha opinião, são escassas na grande maioria das equipes de desenvolvimento e fazem toda diferença na qualidade final da resolução de problemas”, garantiu. Segundo o ex-aluno, não há como prever o futuro, mas caso não tivesse passado pelo DCC seu caminho seria muito mais árduo. “Honestamente acredito que assim como um algoritmo Guloso, toda decisão local tem impacto na caminhada adiante. Logo, é certo que o DCC influenciou bastante a minha jornada até aqui. Não posso afirmar que não poderia chegar aonde cheguei sem o DCC, mas tenho a intuição de que a jornada seria muito maior. O DCC fez diferença!”, afirmou.

Atualmente Gustavo trabalha na empresa VTEX, mas já passou por outras grandes empresas. Em paralelo ao trabalho, busca contribuir para a comunidade brasileira de Computação. “Antes da VTEX passei por empresas como GoDaddy Inc, Globo.com e Totvs. Durante 16 anos atuei como engenheiro de software e agora estou começando uma jornada como gerente de desenvolvimento. Em abril de 2023, fiz uma palestra na conferência KubeCon Europe 2023 falando sobre o projeto que venho liderando sobre Observability: Ingesting 6.5 Tb of Telemetry Data Daily Through Open Telemetry Protocol and Collectors. Além disso, tenho o hábito de escrever sobre Ciência da Computação em meu blog pessoal. Escrevo em português para contribuir com a nossa comunidade brasileira de computação. Durante a graduação e, até mesmo no mercado, nos deparamos com muitos assuntos de computação em inglês que são abstratos e complexos por si só. Então, tento, na medida do possível, contribuir escrevendo em português sobre tópicos importantes da Computação, sempre exemplificando com código para facilitar o aprendizado das próximas gerações de cientistas da Computação”, contou.

Da mesma forma, após ter a experiência de passar pelo DCC, Gustavo aconselha os que desejam entrar ou já estão no departamento. “ Meu conselho é extrair o máximo do departamento. Digo isso no bom sentido. Quando se tem pouca idade não há tanta noção do privilégio do que é estar dentro do DCC. Professores/doutores com mais de 20 anos de experiência, grandes cientistas, laboratórios bem estruturados, programas de graduação e pós muito organizados e um grande número de estudantes brilhantes dispostos a aprender junto. Tudo isso dentro do campus da UFMG, que por si só dispensa adjetivos. Se eu puder resumir, seria: pule de ponta no que você for fazer dentro do DCC”, concluiu.

Para o professor Dorgival, o jeito, o interesse e a dedicação são diferenciais no Gustavo. “Tive a oportunidade de trabalhar com o Gustavo durante o seu mestrado, quando fui coorientador da sua dissertação. Foi muito bom esse período! Seu jeito tranquilo e interesse em lidar com tópicos de pesquisa avançados são diferenciais. Mesmo ainda no mestrado, esse interesse e dedicação resultaram na publicação de um artigo completo em um workshop internacional, fruto da sua competência”, afirmou.

Já o professor Marcos Vieira ressalta o quão excelente aluno Gustavo foi. “Gustavo Pantuza foi o meu melhor aluno na turma da disciplina de Sistemas Operacionais Avançados 2021. O trabalho dele gerou uma publicação no Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC 2021). Ele também publicou dois trabalhos na conferência de nível internacional IEEE Symposium on Computers and Communications (IEEE ISCC 2021) no mesmo ano. Ele é um aluno que se interessa pelo processo de pesquisa e também foi um excelente estagiário em docência na disciplina de Redes de Computadores”, contou.

Já para o seu orientador, o professor Luiz Filipe, Gustavo foi uma grata surpresa. “Não conhecia o Gustavo antes da pós-graduação. Fez o mestrado comigo e mostrou ser uma pessoa dedicada e empenhada. É mais um caso de sucesso do programa de pós-graduação em Ciência da Computação. É uma pessoa que admiro muito. Sem ter muita experiência de pesquisa na sua graduação, foi capaz de fazer o mestrado e gerar publicações relevantes, mostrando ter desenvolvido raciocínio crítico. Desejo a ele todo sucesso e espero que ainda venha fazer o doutorado comigo (risos)”,  disse orgulhoso.

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