Bernardo Biesseck, ex-aluno do mestrado do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG, foi orientado pelo professor Erickson Rangel do Nascimento, saindo do departamento em 2018. De acordo com o ex-aluno, a qualidade do ensino foi marcante em seu tempo de aluno. “Sem dúvida a qualidade do corpo docente, dos estudantes e a infraestrutura disponível foram marcantes no tempo em que estive no DCC. Também me marcou bastante o companheirismo dos colegas do Laboratório de Visão Computacional e Robótica (VeRLab), sempre dispostos a ajudar. Para mim, o DCC representa uma possibilidade incrível de crescimento profissional em nível internacional. Isso é maravilhoso em um país subdesenvolvido e desigual como o Brasil”, disse.
Após sair do DCC, Bernardo ingressou, em 2020, no doutorado em Engenharia Elétrica na Universidade Estadual Paulista (UNESP), mas interrompeu em 2021. Em 2022, iniciou o doutorado em Computação,na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde estuda atualmente. Professor efetivo de Informática no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus Pontes e Lacerda, segundo o ex-aluno o DCC contribuiu muito para o seu crescimento profissional e o ensinou a fazer pesquisa de qualidade. “Quando entrei no DCC já era professor efetivo do IFMT, mas com certeza me tornei um profissional muito melhor e com uma visão mais profunda da Ciência da Computação após o mestrado no departamento. Isso me possibilitou desenvolver projetos de inovação tecnológica no Instituto e, também, repassar os conhecimentos adquiridos aos estudantes da graduação e do ensino médio”, contou.
Durante os estudos no DCC, Bernardo passou por alguns “perrengues” nos estudos e, também, no campo pessoal. Enquanto fazia o mestrado, em certa época, recebeu a visita da esposa, que estava grávida de sete meses. Segundo ele, feliz com a presença de seus amores (esposa e filha), combinaram de ir ao Shopping e a empolgação o distraiu. “Hoje é motivo de até algumas gargalhadas, mas, na época, foi um aperto danado. Talvez por minha esposa estar grávida, esse fato me marcou muito, mas na época em que estudei no DCC passei por um “perrengue” danado. Minha esposa veio de Pontes e Lacerda (MT) me visitar. Um dia combinamos de ir ao Shopping Del Rey à noite, mas, por uma bobeira minha, entramos no ônibus errado. Após perceber o trajeto diferente, tivemos que descer no próximo ponto de ônibus, em um local escuro e pouco movimentado. Já comecei a ficar preocupado e, para piorar, começou a chover. Liguei para dois números de táxi, mas quando informei meu local, nenhum deles quis fazer a corrida. Realmente era um local e um horário estranhos. Naquele momento, fiquei com muito medo de acontecer algo com minha esposa e minha filha. Me senti totalmente impotente, porque não podíamos voltar para casa a pé, a caminhada era longa para uma mulher grávida de sete meses. Enfim, tivemos que atravessar a rodovia a pé, passando por uma passarela, caminhar até um posto de combustíveis e aguardar a chuva passar. Depois de uns 20 minutos, um táxi parou para abastecer no posto e conseguimos voltar para casa. Nosso passeio foi por água abaixo (risos)”, falou.
Para quem pretende entrar ou já está no DCC, Bernardo aconselha que aproveite ao máximo e se dedique, ”Aproveite e dedique-se ao máximo!. No departamento todos encontrarão profissionais de altíssima qualidade e que te farão crescer bastante”, concluiu.
De acordo com o professor Erickson, durante o desenvolvimento de sua dissertação de mestrado, Bernardo enfrentou obstáculos e desafios que exigiram perseverança e dedicação para serem superados. “Ao longo desse período, Bernardo sempre foi um aluno capaz de lidar com as adversidades de forma positiva, buscando soluções criativas e se adaptando às mudanças que surgiram ao longo do caminho. Mesmo diante das dificuldades, sempre se manteve comprometido com seu trabalho e persistiu na busca pelo conhecimento, o que proporcionou que obtivesse resultados significativos e transformadores em sua área de estudo”, afirmou.