Equipe de saúde da Santa Casa de Belo Horizonte conta com ferramenta que utiliza a Inteligência Artificial no atendimento aos pacientes com Covid-19
O tempo de resposta dos profissionais de saúde nos Centros de Tratamento Intensivo (CTI’s) é um dos fatores cruciais para a recuperação dos pacientes internados nessas unidades. Para tanto, a startup deeptech Kunumi e a Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (Unidade EMBRAPII – DCC/UFMG), desenvolveu uma ferramenta que utiliza a Inteligência Artificial (IA) para antecipar complicações e indicar à equipe clínica possibilidades seguras para o tratamento dos pacientes.
Abastecidos com dados e protocolos clínicos, além dos dados vitais e laboratoriais, as informações analisadas com o apoio da IA contribuem com o diagnóstico e sugerem as intervenções necessárias para os cuidados específicos de cada paciente. Para tanto, a solução tecnológica tem o conhecimento exato de como o corpo humano se comporta em cada situação adversa, os protocolos médicos indicados e, sobretudo, os condições que podem evoluir para a melhora no quadro clínico ou o óbito.
Tal tecnologia avançada, que utiliza as informações clínicas e potencializa o algoritmo e o aprendizado da máquina, está sendo utilizada em pacientes internados com Covid-19 na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Assim, questões como a saturação, gaseificação e oxigenação, que podem mudar em instantes nesses pacientes, são avaliadas com a IA e indicam caminhos mais assertivos e precisos quanto aos diagnósticos e tratamentos.
Ao mesmo tempo, a tecnologia desenvolvida realiza leituras de dados que podem indicar os equipamentos que serão necessários para cada paciente, como para hemodiálise, transfusões, entre outros. Assim, promove a segurança do paciente, a melhoria da qualidade assistencial, otimiza recursos e auxilia na gestão.
Segundo o professor do DCC e coordenador do projeto, Adriano Veloso, a quantidade de dados clínicos produzidos no ambiente de terapia intensiva é enorme, mas não existe uma tecnologia que faça algo com esses dados. “Neste sentido, a solução desenvolvida basicamente transforma esses dados clínicos em informação capaz de auxiliar o médico a tomar decisões melhores e mais ágeis. Mais do que predizer ou antecipar o provável desfecho do paciente, a solução permite o melhor entendimento do estado clínico do paciente”, esclareceu.
*foto retirada do site da Santa Casa de Belo Horizonte no site www.santacasabh.org.br