Está disponível no site “Perfil do Cientista”, até o dia 31 de agosto, a pesquisa idealizada pelos membros afiliados à Academia Brasileira de Ciências. Criada em 2020, após discussões dos grupos de trabalho sobre a carreira científica e os desafios de se iniciar e se estabelecer como cientista no Brasil, o projeto de pesquisa “Perfil dos pesquisadores brasileiros em início e meio de carreira” foi criado com o objetivo de mapear o perfil dos jovens cientistas brasileiros e fornecer suporte empírico para a formulação de políticas públicas destinadas à valorização da carreira científica, garantia de oportunidades de trabalho e desenvolvimento profissional. A pesquisa é destinada aos doutores titulados a partir de 2006, com vínculo formal com uma instituição de ensino e pesquisa pública ou privada no Brasil ou no exterior. Também fazem parte deste público os pós-doutorandos.
De acordo com a professora e pesquisadora do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG), também membro da Academia, Raquel Cardoso de Melo Minardi, o desenvolvimento dos cientistas brasileiros, em início e meio de carreira, dependem do acesso aos financiamentos, colaborações nacionais e internacionais, de apoio institucional, além do acesso à oportunidades em geral, bem como de aspectos sociais. “No contexto atual, há escassos dados sobre o perfil dos jovens cientistas e dos desafios encontrados no estabelecimento e evolução da carreira, o que dificulta o desenvolvimento de políticas públicas de suporte à ciência e tecnologia, bem como atividades de avaliação da atividade científica. Para montar esta pesquisa, contamos com a participação de 87 cientistas de todas as regiões do Brasil e de diversas áreas da ciência, o que a tornou bastante abrangente”, contou.
Aplicada pela primeira vez, o grupo responsável pela pesquisa pretende repeti-la periodicamente e, assim, acompanhar a evolução do perfil e dos desafios dos jovens cientistas. Ao mesmo tempo, a partir dos resultados, a equipe pretende identificar gargalos e propor sugestões às agências de fomento, entidades e sociedades científicas para definição de encaminhamentos. “Um dos interessados nos resultados da pesquisa é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), apoiador do projeto. As discussões dos resultados também envolverão a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, igualmente parceira do projeto, e a Academia Brasileira de Ciências, realizadora do mesmo”, afirmou Minardi.
A matéria acima teve repercussão na mídia, sendo: Portal Hoje em Dia, Rádio CDL FM, Portal O Debate, site da UFMG, CBN,
Correio do Sul e Band News FM.