Orientada pelo professor José Marcos Silva Nogueira durante o mestrado, formada em 1998 no Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG), Ana Luiza Bessa de Paula Barros é natural de Fortaleza, Ceará, onde mora e trabalha como professora do Curso de Ciência da Computação na Universidade Estadual do Ceará (UECE). Tendo como referência o pai professor universitário, além da mãe funcionária da Universidade Federal do Ceará (UFC), sempre quis ser professora universitária e, inclusive, cursou o mestrado e o doutorado com o objetivo de lecionar.
Após o término do mestrado, ainda permaneceu em Belo Horizonte e atuou por quase dois anos em um projeto de pesquisa na área de Redes de Computadores, no antigo Laboratório ATM (Asynchronous Transfer Mode), também no DCC. Ao retornar para Fortaleza, Ana iniciou sua carreira como professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), onde permaneceu por alguns anos, mesmo depois de passar no concurso para professora na UECE, onde permanece até hoje.
Ana Luiza é movida a mudanças e está sempre em movimento para atuar em projetos profissionais motivadores e desafiadores. Para tanto, atuou em diversas áreas, e no doutorado, cursado na UFC, optou em sair da área de Redes de Computadores para a de Inteligência Computacional. Lecionou alguns anos somente para a graduação na UECE, onde foi coordenadora por cinco anos, desenvolveu diversos projetos de empreendedorismo, trabalhou com bioinformática e, atualmente, leciona para o mestrado e o doutorado da universidade e desenvolve projetos de pesquisa. “Busco sempre as mudanças, gosto de sempre buscar o novo para crescer e trazer crescimento aos que me rodeiam”, contou.
Para Ana o mestrado foi muito desafiador e de extrema exigência, o que trouxe muito crescimento pessoal e profissional. Ao mesmo tempo, a união da turma e o apoio constante do professor José Marcos foram fundamentais. “O professor sempre esteve muito presente e a nossa turma fez história, éramos muito unidos para o trabalho e os estudos, nos ajudávamos. Havia estudantes de vários estados do país, longe da família e dos amigos, e esse apoio mútuo foi crucial para vencermos os desafios. Principalmente no primeiro semestre, me emocionava ao conversar com os meus pais, me sentia um pouco perdida. Estar em um lugar diferente, sem conhecer ninguém, longe de casa, era desesperador. Sem o auxílio do professor e da minha turma seria muito difícil”, afirmou.
Segundo Ana Luiza, no mestrado há um contato mais específico com a pesquisa, os estudos são mais detalhistas e o DCC é diferenciado. “O DCC foi o início da minha trajetória, me ajudou a fazer descobertas e vislumbrar possibilidades. Cada professor foi um modelo e referência pra mim. Quando preparo minhas aulas, muitas vezes fico lembrando como era no mestrado, como meus professores faziam, foi onde comecei a minha caminhada na pesquisa e a minha ligação com a universidade. A estrutura, o ambiente, os professores foram fundamentais tanto pessoalmente quanto profissionalmente”, ressaltou.
Na linha da ajuda mútua e em busca de relaxar e aliviar a pressão dos estudos diários, Ana e os colegas criaram a “Quinta Feliz”. O objetivo era que se encontrassem todas as quintas-feiras fora do ambiente da universidade para conversar e relaxar. Muito organizado, o encontro semanal era planejado antecipadamente e proporcionou o aumento da união dos estudantes. “Virávamos noites e finais de semana estudando e precisávamos descontrair e, por isso, criamos a “Quinta Feliz”. Organizamos festas, aniversários e até a nossa formatura. Acho que foi a única turma que teve formatura no mestrado, com missa e comemoração, que demos o nome de “festa da alforria”. Fizemos convite de formatura, música, contratamos buffet, entrega oficial de diploma, tudo muito organizado. Levávamos a sério o nosso momento de relaxamento, que também era muito importante para podermos vencer nossos desafios diários nos estudos (risos). Além disso, para a nossa felicidade, o professor José Marcos sempre estava conosco, tanto nos estudos quanto nos momentos de descontração”, contou saudosa.
Pesquisadora e responsável pela formação de inúmeros alunos, Ana lembra o que ela e os colegas sempre diziam quando estavam cursando o mestrado: “existe vida após a pós” (risos). A ex-aluna incentiva a todos que desejem entrar na graduação ou na pós no DCC a construírem suas histórias. “O desafio faz parte, pensem como uma construção, as coisas não acontecem por milagre, mas com dedicação e tornar esse momento mais leve facilita muito. Minha turma ajudou bastante, é muito bom saber que podemos contar com o outro, uma pena que depois que nos formamos não nos encontramos mais, estamos, inclusive, precisando fazer uma “Quinta Feliz” para nos reencontrarmos”, falou.
Já o professor José Marcos relembrou a união, dedicação, estudo e festas da turma. “Acho que nunca tive uma turma tão dedicada e também tão animada ao mesmo tempo. Ana é uma pessoa maravilhosa e foi uma aluna excepcional, hoje somos amigos, o que muito me alegra. Foi uma época muito bacana e a “Quinta Feliz” era um diferencial. Agora quero ter essa minha ex-aluna em banca de mestrado ou doutorado. Vai ser um prazer tê-la conosco novamente, agora como pesquisadora”, concluiu.
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Veja abaixo as fotos da “Quinta Feliz” e do convite de formatura da turma da Ana Luiza:
Segunda foto: canto esquerdo: Ronaldo, Fernando, Bruno, (esposa do Ronaldo), José Marcos. Em pé: Marcio, Ana Luiza, Patrícia Campos, Angela (esposa José Marcos), Patrícia Nattrodt, mãe da Ana, Cláudio