O Laboratório de Pequisa Operacional (LaPO) surgiu, ainda no final da década de 1980, criado pelo professor Henrique Pacca Loureiro Luna, em parceria com o professor Geraldo Robson. No pequeno espaço de que dispunham quando o Departamento de Ciência da Computação (DCC) ainda estava alojado no Pavilhão Central de Aulas (PCA), os professores do laboratório dividiam sala com outros docentes, buscando dar início às atividades no DCC.
Com a mudança para o prédio do Instituto de Ciências Exatas (ICEx), ocorrida no ano de 1993, são oficializados novos laboratórios, agora dispondo de espaço físico para todos eles. Entre os novos espaços que nascem naquele momento está o LaPO, hoje sob a coordenação do professor Geraldo Robson Mateus e contando com cerca de 30 pesquisadores, entre professores e discentes, e o Laboratório de Otimização e Automação de Sistemas.
As primeiras pesquisas desenvolvidas no âmbito do Laboratório de Pesquisa Operacional estavam relacionadas com Programação Matemática e aplicações na área de telecomunicações. Os pesquisadores detiveram-se sobre questões de planejamento e dimensionamento de rede e roteamento de tráfego na rede, sempre conjugando os campos teórico e prático, vislumbrando aplicações possíveis. As pesquisas iniciais contavam com a parceria da Companhia de Telecomunicação de Minas Gerais (Telemig) e da France Télécom. O laboratório também desenvolveu trabalhos ligados a roteamento, distribuição e sequenciamento da produção.
Um dos marcos do crescimento do laboratório está situado no início dos anos 2000, quando mais dois professores ligados à área de otimização chegam ao LaPO: Alexandre Salles da Cunha (Programação Matemática e Otimização Combinatória) e Sebastián Alberto Urrutia (Programação Matemática, Otimização Combinatória, Heurística e Programação Inteira). A chegada de novos pesquisadores abre um novo leque de possibilidades de pesquisa para o Laboratório de Pesquisa Operacional, diversificando-as. Ainda nos anos 2000 o LaPo começa a empenhar-se em pesquisas em parceria com empresas dos ramos de mineração, siderurgia e energia, mas mantendo ainda as pesquisas em telecomunicações.
Nos últimos anos, mais três professores associaram-se ao LaPO: Thiago Ferreira de Noronha (Programação Matemática, Otimização Combinatória, Heurística, Meta-heurística e Projeto e Análise de Algoritmos), Cristiano Arbex Valle (Pesquisa Operacional, Otimização Combinatória, Finanças Quantitativas e Otimização sob Incerteza) e Vinícius Fernandes dos Santos (Análise e Desenvolvimento de Algoritmos, Teoria dos Grafos e Otimização Discreta).
Atualmente o grupo trabalha com projetos em uma linha predominantemente teórica, realizando pesquisas em Otimização Linear, Não Linear, Redes, Logística e Simulação, propondo modelos, formulações e algoritmos, com aplicações em produção, logística, transporte, mobilidade urbana, siderurgia e mineração, redes de comunicação e energia, finanças e sustentabilidade. Destaque para as linhas de pesquisa em otimização combinatória, programação matemática, estocástica, e algoritmos exatos, aproximativos e heurísticas, com diversos tópicos em cada linha. Já no campo prático, buscam atender um mercado específico no qual podem trabalhar a aplicação das teorias desenvolvidas. Ressalta-se, ainda, a parceria realizada entre o LaPO e outros laboratórios do DCC, exemplo do Laboratório de Visão Computacional e Robótica (VeRLab) e do Laboratório Synergia.
O caminho que começou a ser trilhado por iniciativa do professor Henrique Pacca Loureiro Luna, hoje culmina em um dos maiores laboratórios do país na área de Pesquisa Operacional, obtendo reconhecimento nacional e internacional pelos trabalhos desenvolvidos.
Entrevista: Professor Dr. Geraldo Robson Mateus