Matéria no Engadget.com destaca pesquisa realizada no DCC.
Notícias falsas dominaram as manchetes pós-eleitorais nos EUA, e perguntas importantes foram feitas: Hillary teria ganhado se quase um milhão de pessoas não lessem que o Papa Francis havia endossado Trump? (Provavelmente não). O Facebook tomou medidas suficientes para evitar que notícias falsas proliferassem em sua rede? (Definitivamente não). Mas poucos têm perguntado por que esses artigos eram tão populares. Por que tantas pessoas foram enganadas ao clicar nessas histórias?
No ano passado, um grupo de pesquisadores do Departamento de Ciência da Universidade Federal de Minas Gerais em conjunto com pesquisadores do Qatar Computing Research Institute analisaram 70 mil artigos de quatro grandes organizações de notícias (BBC News, Daily Mail, Reuters e The New York Times) para medir a correlação entre a manchete e a popularidade. Embora os resultados variaram de publicação para publicação, o achado geral foi que quanto mais extrema a emoção em uma manchete, mais provável de ser clicada.
“Um título tem mais chance de ser bem sucedido se o sentimento expresso em seu texto é extremo, para o lado positivo ou negativo. Os resultados sugerem que as manchetes neutras são geralmente menos atraentes “, disse o grupo. É mais provável que você clique em uma história que diz “Este é o melhor” ou “Este é o pior” do que “Isso é muito bom”.
A análise de sentimentos não pode ser usada para mostrar se a notícia é verdadeira ou falsa, mas mostra a maneira como os jornalistas, e os profissionais de marketing, manipulam nossas emoções para nos inspirar a clicar e compartilhar uma história.
Veja a reportagem completa no Engadget.com
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