O jogo foi produzido pelo estudante do curso de Ciência da Computação, Felipe Araújo, como parte do seu trabalho de conclusão de curso, “A ideia inicial era apenas criar um jogo de realidade virtual, mas o professor Renato (Renato Ferreira, orientador do trabalho) sugeriu que fizéssemos um jogo que pudesse auxiliar no tratamento de crianças e eu logo aceitei. Eu ia apenas criar um jogo, mas já que meu jogo pode ajudar alguém melhor assim”.
Com o auxilio de uma Terapeuta Ocupacional e com um óculos de realidade virtual, Felipe desenvolveu que em breve deve ajudar no tratamento de crianças, que tem dificuldade de integrar múltiplos sentidos. O brinquedo eletrônico consiste em uma espécie de montanha-russa e os jogadores que usam um óculos que os insere na realidade do jogo deve com a cabeça mirar em alvos que se movimentam no ar.
De acordo com a Terapeuta Ocupacional, Sibele Santos, a brincadeira estimula principalmente os sistemas visuais e vestibular, responsável pela integração dos sentidos e pelo equilíbrio. O jogo obriga as crianças a focar em um alvo e a movimentar a cabeça, o que a ajuda a melhorar o seu equilíbrio, uma vez que, força a criança a manter-se ereta mesmo com uma parte do corpo inclinada para outra direção. Brincar com o game também estimula as crianças a focarem sua atenção em um único objeto, ação que pode parecer simples, mas eu requer muita concentração de uma criança que possui autismo, por exemplo.
Para o professor Renato, do Depto. de Ciência da Computação, o grande diferencial deste processo de tratamento com relação aos já existentes é seu caráter lúdico. No game, que pode vir a se tornar uma boa alternativa aos tratamentos de terapia ocupacional existentes, a criança faz o tratamento enquanto brinca.
Fonte: ICEx