Já estão abertas as inscrições gratuitas para o Seminário de Grafeno 2021, com o tema “Avanços e desafios na produção, caracterização e aplicação de grafenos”. O evento, organizado pelo Projeto MGgrafeno, parceria da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) com os Departamentos de Física e de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), acontecerá entre os dias 4 e 6/10, de forma on-line, e terá a participação de 30 convidados.
Por meio de apresentações, painéis e mesas redondas, serão debatidos os avanços obtidos na área de produção, os desafios e o mercado das aplicações de grafeno, além da discussão quanto à cadeia industrial do grafeno. Para conhecer a programação completa e realizar a inscrição basta acessar o site do projeto MGgrafeno.
O professor do DCC Omar Paranaiba Vilela Neto, que faz parte do projeto, realça que o evento trará a oportunidade dos participantes conhecerem melhor o projeto, além de ampliar as discussões e possíveis parceiros. “O grafeno é um material estratégico e o estado de Minas Gerais é líder nacional da produção de grafite natural. Transformar esse grafite em grafeno de alta qualidade é um grande desafio e agrega muito valor às riquezas do estado. O projeto MGgrafeno avançou muito nesse contexto de produção de grafeno, além de trazer metodologias de caracterização inovadoras e avançar para o desenvolvimento de várias aplicações com o grafeno produzido. Em diversas dessas etapas, desenvolvemos soluções computacionais que colocam o projeto em um estágio diferenciado, inclusive quando comparado com as iniciativas internacionais, e, o mais importante disso tudo, como desenvolvimento puramente nacional.”, concluiu.
O que é o MGgrafeno
O Projeto MGgrafeno foi criado em 2016 e tem por objetivo desenvolver tecnologia 100% nacional de produção de grafeno, além de aplicações industriais, em parceria com o setor privado. O processo de produção, a partir da esfoliação química do grafite natural, é reprodutível, escalável e com custo baixo. Todo o resíduo é reutilizado ou reciclado, o ar é monitorado e a água retorna ao ciclo. A planta, instalada no CDTN, em Belo Horizonte, é segura e sustentável.
Trabalham no MGgrafeno doutores e mestres, entre químicos, físicos, biólogos, cientistas da computação e engenheiros que já proporcionaram a otimização de processos e permitiu quadruplicar a produção e reduzir o tempo de conversão do grafite para grafeno sem custo adicional.
Além da produção de grafeno em escala, o MGgrafeno já testou e demonstrou mais de 20 aplicações e materiais, com diversos parceiros empresariais. Em 2021, o projeto foi destaque no estudo “Panorama Tecnológico Grafeno”, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).