Participantes ativos em diversas pesquisas no Brasil e em outros países, os professores do Departamento de Ciência da Computação promovem constantemente intercâmbios com parceiros de pesquisas que visitam e trabalham no departamento por alguns períodos. Foi o que aconteceu recentemente, quando a doutoranda Hanna Lachnitt, estudante da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, o mestrando Léon Frenot, estudante da Escola Normal Superior de Lyon, na França, o doutorando Renato Hoffmann e o mestrando Leonardo Gibrowski Faé, ambos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul estiveram no DCC. Todos desenvolvem pesquisas em parceria com o departamento e passaram algumas semanas in loco com o objetivo de avançar nas pesquisas, conhecer a estrutura e trocar experiências presencialmente com outros pesquisadores do DCC.
Segundo Hanna, que frequentemente colabora com as pesquisas do professor do DCC Haniel Barbosa, estar no mesmo local e mesmo fuso horário têm muitos benefícios, especialmente quando se inicia um projeto que demanda diversas reuniões. Além disso, segundo a estudante, estar no Brasil e conhecer mais sobre a cultura local foi uma experiência ímpar. “Meu grupo de pesquisa colabora frequentemente com o professor Haniel. Ele tem sido um mentor maravilhoso desde que comecei meu doutorado há três anos. Estamos trabalhando juntos em um projeto, com reuniões realizadas pelo Zoom. Embora isso tenha funcionado, estar no mesmo local e no mesmo fuso horário tem muitos benefícios, especialmente no início de um novo projeto, quando você quer fazer reuniões com frequência. A visita foi ótima, aproveitei muito o meu tempo em Belo Horizonte e na UFMG. Acho que o que tornou a visita tão especial foi a forma como os estudantes da UFMG foram acolhedores. Gostei de trabalhar na UFMG e estou feliz com o progresso que fizemos em nosso novo projeto”,garantiu.
Segundo Haniel, visitas como a da Hanna são ótimas tanto para acelerar colaborações como para fomentar o intercâmbio entre a UFMG e outras instituições. “Estas visitas nos facilita manter e criar colaborações entre a nossa universidade e outras instituições. Outro grande benefício é expor nossos alunos a estudantes de outras universidades, para que façam contatos, troquem experiências, entre outras coisas. A visita da Hanna foi extremamente proveitosa e foi ótima recebê-la”, afirmou.
Durante a permanência no DCC, além de avançar nas pesquisas que está desenvolvendo com o Haniel, Hanna conheceu pessoalmente os alunos do professor e aproveitou a oportunidade para turistar em BH e na região. “Conheci pessoalmente alguns dos alunos do Haniel, com quem já vinha trabalhando remotamente de Stanford. Estar próxima fisicamente para simplesmente ir ao gabinete do Haniel e fazer uma pergunta rápida ou ter uma reunião espontânea fez uma enorme diferença para a rapidez com que iniciamos nosso projeto de pesquisa. Por estarmos próximos, conseguimos nos encontrar de manhã e discutir o projeto à tarde. Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer de coração ao Haniel por me receber como sua convidada. Continuarei trabalhando no projeto que iniciei na UFMG e já estou animada com os resultados que obteremos. Além do trabalho, fui em uma festa para alunos de pós-graduação e conheci várias pessoas maravilhosas que depois me mostraram Belo Horizonte. Essa recepção calorosa me fez me sentir em casa, mesmo sem entender a língua. O Brasil é um país magnífico. Gostei da comida e visitei vários lugares em Belo Horizonte e arredores. Adoraria voltar! Haniel é uma das melhores pessoas da minha área de atuação. Seria ótimo se pudéssemos ter a reunião anual de nossos grupos de pesquisa no Brasil em algum ano, ou se eu pudesse voltar depois de terminar meu doutorado para um pós-doutorado. Vou começar a aprender um pouco de português”,falou.
Já os estudantes Leonardo e Renato, participam de uma pesquisa junto com o professor Fernando Magno Quintão Pereira e vieram ao DCC para dar andamento às pesquisas e criar contatos com a equipe da UFMG. Segundo os estudantes, a experiência foi bastante positiva e a infraestrutura do Laboratório de Compiladores é impressionante. “O laboratório é impressionante, os colegas são muito legais e trabalhar com o Fernando é muito agradável. Ainda não sei se vou buscar o doutorado, mas, se for, certamente vou tentar uma vaga na UFMG. Seria a minha primeira opção. A experiência de se trabalhar em um laboratório referência para o país inteiro, e com um professor no nível do Fernando foi sensacional. Também foi muito valioso aprender sobre as oportunidades de emprego que existem em BH para pessoas com pós-graduação em Computação”, contou Leonardo. O mesmo pensa Renato, que deseja continuar com as parcerias de pesquisa e retornar o mais breve possível. “A parte acadêmica foi muito proveitosa. Além disso, gostei muito da estrutura do DCC, do campus da UFMG e também da comida de Minas Gerais. Além de continuar a colaboração de forma remota, com certeza é uma possibilidade voltar para Minas Gerais para residir por mais tempo e trabalhar e/ou estudar. Foi um ganho enorme esta parceria e colaboração com o professor e demais alunos do grupo de pesquisa em compiladores do DCC/UFMG”, garantiu.
De acordo com o professor Fernando, as visitas foram muito positivas. “No ano passado recebemos Léon e este ano recebemos o Renato e o Leonardo Faé. Ambas as experiências foram muito positivas. O trabalho com Léon produziu um sistema de profiling de programas muito eficiente (https://github.com/lac-dcc/Nisse) e o trabalho com Renato e Leonardo rendeu uma nova biblioteca para sintetizar funções hash mais eficientes que a função padrão do STL de C++ (https://github.com/lac-dcc/sepe). Ambos os projetos foram muito proveitosos, não somente pelo que foi feito, mas pelas interações que eles proporcionaram. Cada pessoa que nos visita é uma fonte de conhecimentos novos e de amizades que enriquecem a experiência de fazer parte de um programa de pós-graduação. Ficamos muito felizes em receber esses alunos”, concluiu.