Linha VI – Estímulo à Produção de Tecnologias Relacionadas à Conectividade Veicular terá a coordenação-geral da Fundep
Foi lançada nesta quinta-feira, 23, durante o Encontro Nacional das Coordenadoras do Programa Rota 2030 (Enacoop 2030), edição Belo Horizonte, a Linha VI – Estímulo à Produção de Tecnologias Relacionadas à Conectividade Veicular, do Programa Rota 2030. Tal Linha de conectividade terá a coordenação-geral da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) e coordenação técnica de pesquisadores do Departamento de Ciência da Computação (DCC) e da Escola de Engenharia da UFMG. Segundo a consultoria IoT Analytics, o número de aparelhos conectados na chamada “Internet das Coisas” (IoT) supera o de aparelhos não conectados, o que amplia a conectividade veicular no Brasil. Assim, com o objetivo de fomentar a competitividdade e capacidade produtiva da indústria automotiva do país, por meio desta nova Linha, o Programa Rota 2030 promoverá pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em conectividade veicular, contribuindo para o desenvolvimento industrial e tecnológico do setor automotivo e sua cadeia de produção, promovendo impacto e abrangência nacional.
A portaria que trata da Linha VI, assinada no último dia 10 de junho pela Secretária de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação (SDIC) do Ministério da Economia, responsável pelo Programa, passa a ser a terceira sob responsabilidade da Fundep, que já coordena ainda a Linha IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas – e a Linha V – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão.
Durante o evento, um dos coordenadores técnicos, o professor do DCC/UFMG Martín Gómez Ravetti, apresentou a Linha VI do Rota 2023, assim como os objetivos específicos, as temáticas, eixos, os resultados esperados e os próximos passos a serem tomados a partir de agora. “Esperamos fomentar projetos de PD&I em conectividade veicular, executados por universidades e empresas da cadeia automotiva; estruturar um sistema de aprendizado federado nacional que permita trabalhar os dados gerados pelo veículos em território brasileiro; promover novos modelos de negócios junto à startups e a indústria brasileira de software; além de capacitar pessoas em análise de dados e análise de sistemas complexos, dentre outras ações. Assim, promoveremos o desenvolvimento industrial e tecnológico para o setor automotivo e a sua cadeia de produção”, disse.
De acordo com o também coordenador técnico e professor do DCC/UFMG, Heitor Soares Ramos Filho, a equipe da coordenação técnica irá elaborar e lançar vários editais. Além disso, esse comitê técnico fará a ponte entre a indústria e os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), para que se unam e submetam projetos que estejam de acordo com os editais. “Temos também como missão ouvir as demandas da indústria e o que os ICTs pretendem para formularmos os editais, lançarmos e os acompanharmos de perto. Além disso, tem uma linha dentro do Programa que é o aprendizado federado, ou seja, aprendizado de máquina distribuído de modo que os dados não são copiados para um servidor ou para a nuvem, preservando a privacidade dos usuário. Assim, desenvolveremos uma parte da pesquisa e faremos a infraestrutura para que os projetos a usem e, deste modo, tenham um ambiente adequado para produzirmos os pilares dessa tecnologia para o setor automotivo”, explicou.
Desta forma, a Linha VI além de acelerar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação (PD&I) em conectividade veicular, promoverá inovações em veículos autônomos, conectividade no interior dos veículos e com o ambiente externo, infraestrutura de conectividade para centros urbanos e rodovias e novos modelos de negócios baseados no uso de dados gerados pelos veículos e tecnologias de segurança de dados. Até 2026, é esperado que sejam investidos R$ 200 milhões em projetos de PD&I.
Promovido pela Fundep em parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), o evento ocorreu na Escola de Engenharia, no campus Pampulha da UFMG, e teve também a presença de representantes de empresas, ICTs, startups e entidades que discutiram, além da conectividade veicular, as demais tendências e oportunidades para o setor automotivo.
Crédito da foto: Heitor Ramos