O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) agora é dirigido por Roberto da Silva Bigonha, professor emérito do Departamento de Ciências da Computação (DCC) da UFMG. O novo diretor-presidente foi empossado no início do mês de abril.
Bigonha assume o compromisso de guiar a instituição no propósito de fomentar e articular a ciência, tecnologia e inovação no estado. “O BH-TEC é uma ferramenta para o desenvolvimento muito importante, como uma vitrine na qual ações da Universidade, Governo e das empresas de tecnologia se convergem, são exibidas e consolidadas”.
Para o Diretor-Presidente, a interação promovida entre as empresas que se instalam no espaço do Parque é um primeiro ponto para facilitar o surgimento de oportunidades. Há também a interação com a UFMG, por exemplo, favorecida pelo arranjo institucional e pela proximidade física – a estrutura do BH-TEC está localizada em um terreno pertencente Universidade ao lado do campus Pampulha. Para Bigonha, esse fator abre um canal que merece muita atenção. “É por meio dessas interações que os empreendimentos do Parque conseguem, de fato, acelerar seus processos de inovação”, comenta.
Do ponto de vista da Universidade e do Governo, o professor entende que o BH-TEC se coloca como um mecanismo para a geração de riquezas. “A Universidade, por natureza, gera um conhecimento com valor agregado. Mas um ambiente como esse é o caminho para que essa riqueza apareça, seja transferida para a sociedade”, explica.
Desafios para nova gestão
Em funcionamento desde 2012, o BH-TEC enfrenta desafios para manter e expandir sua atuação. Bigonha acredita que um deles é a captação de recursos. Nesse sentido, para o Diretor-Presidente é fundamental que novas estratégias sejam desenvolvidas e colocadas em prática para aumentar a diversidade de recursos do Parque e a capilaridade de atuação do empreendimento.
O segundo ponto, de acordo com o Diretor-Presidente, é a ocupação da área do Parque, instalado em um terreno de 500.000m². “Esse é um desafio, principalmente porque o país passa por um momento de recessão. A iniciativa privada tem dificuldade de investir em ideias como essas. Mas temos que crescer, para que o impacto do nosso trabalho seja ainda mais visível” conclui.