No final da década de 1990 as investigações tendo como base a World Wide Web estavam em expansão. Da mesma forma, pesquisas sobre sistemas paralelos e distribuídos cresciam na área da Computação. As técnicas de inteligência passavam por um período de forte desenvolvimento. Enquanto isso, no Departamento de Ciência da Computação (DCC), dois laboratórios se uniram para realizar pesquisas na nova área: os Laboratórios de Computação Paralela (LCP), coordenado pelos professores Osvaldo Sergio Farhat de Carvalho e Márcio Luiz Bunte de Carvalho, e de Modelagem e Análise de Sistemas (ANADES), coordenado pelo professor Virgilio Augusto Fernandes Almeida, deram origem ao e-Commerce System Performance Evaluation and Experimental Development (e-SPEED), laboratório hoje sob a coordenação do professor Wagner Meira Junior que trabalha para a construção de um ecossistema de inovação.
As pesquisas do e-SPEED inicialmente estiveram ligadas ao comércio eletrônico. Com o aperfeiçoamento das ações no âmbito da internet, os pesquisadores voltaram-se para outros aspectos da Web, tais como spam, sistema peer-to-peer (P2P), além de outros aspectos da construção de sistemas Web. Com a chegada de novos pesquisadores ao laboratório, que atualmente conta com 12 professores do Departamento, ampliou-se o leque de pesquisas do grupo. Inteligência analítica, mineração de dados e aprendizado de máquinas fazem parte, hoje, dos tópicos de interesse do e-SPEED.
As pesquisas do laboratório estão sustentadas pelo tripé entre Web, sistemas paralelos e distribuídos e inteligência analítica. O e-SPEED conta com cerca de 40 integrantes, entre docentes e discentes dos graus de Mestrado e Doutorado, além de alunos de iniciação científica. Fazem parte do laboratório os professores Wagner Meira Junior, Dorgival Olavo Guedes Neto, Renato Antônio Celso Ferreira, Gisele Lobo Pappa, Adriano Alonso Veloso, Adriano César Machado Pereira, Loïc Pascal Gilles Cerf, Raquel Cardoso de Melo Minardi e Ítalo Fernando Scotá Cunha, além dos três fundadores do laboratório, Virgilio Augusto Fernandes Almeida, Osvaldo Sergio Farhat de Carvalho e Márcio Luiz Bunte de Carvalho.
O Projeto Tamanduá, realizado entre os anos de 2004 e 2007, foi a primeira atividade que permitiu aos integrantes do e-SPEED conjugarem os três eixos de pesquisa do laboratório. A partir daquele projeto foi possível projetar e implementar uma plataforma escalável e eficiente de serviços de mineração de dados governamental, utilizando-se da criação de novos algoritmos, sistemas e técnicas. O e-SPEED também participou do desenvolvimento e hospedagem de outros protótipos, no final dos anos 2000, como parte das atividades desenvolvidas em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para a Web (InWeb). Um deles foi o Observatório da Web, uma plataforma que acompanha a dinâmica de grandes eventos a partir daquilo que é publicado sobre eles na Web, minerando dados desde as redes sociais até as fontes oficiais, por exemplo.
Atualmente os pesquisadores continuam trabalhando com pesquisas no campo da Web, capturando e analisando informações em tempo real, mas as pesquisas têm caminhado por outros rumos, adentrando nos chamados sistemas ciber-físicos sociais. O laboratório mantém pesquisas em parceria com os Laboratórios de Tratamento da Informação (LATIN), de Banco de Dados (LBD), de Visão Computacional e Robótica (VeRLab) e o CAMPS. Um dos mais recentes produtos do SPEED foi a criação do Centro de Tecnologia para a Web (CTWeb), que atua em parceria com empresas, gerando novos produtos e inovações em meio ao cenário da Web e das redes sociais.
O SPEED preza pela interação entre ensino, pesquisa e extensão nos projetos dos quais participa, contando com a participação ativa dos alunos em todo o processo. Os pesquisadores em formação não participam apenas das atividades desenvolvidas dentro do laboratório, mas levam o conhecimento ali adquirido para as disciplinas que são ofertadas nas graduações do DCC. Outra característica do laboratório é a adoção de uma dinâmica em que os professores que ali desenvolvem pesquisas trabalham de forma autônoma e, ao mesmo tempo, sinérgica.