Primeira turma em 2025 – Entrada pelo SiSU
Turno de funcionamento: VESPERTINO (*)
Tempo padrão de integralização em semestres: mínimo: 10; máximo: 17
(*) É possível que disciplinas de Laboratório sejam oferecidas em turnos diferentes do vespertino, para viabilizar o compartilhamento dos espaços laboratoriais com outros cursos que utilizem os mesmos espaços. Além disso, algumas disciplinas optativas poderão ser oferecidas em turnos diferentes do vespertino, assim possibilitando o compartilhamento dessas disciplinas com cursos com turnos de funcionamento distintos.
Sobre transferência e reopção de curso, como o curso será implantado em 2025, não existem vagas remanescentes. O processo de transferência, reopção e reingresso é feito pelo DRCA
A Engenharia de Computação é uma área multidisciplinar que combina conceitos de engenharia elétrica e ciência da computação para desenvolver sistemas computacionais e dispositivos eletrônicos. A área abrange uma ampla gama de tópicos, incluindo hardware, software e sua integração para criar soluções inovadoras em diversas áreas.
No século XXI, a Engenharia de Computação continua a evoluir rapidamente, impulsionada por avanços em áreas como inteligência artificial, aprendizado de máquina, computação em nuvem, internet das coisas e segurança cibernética. Os engenheiros de computação estão na vanguarda da inovação, criando soluções tecnológicas para os desafios do mundo moderno.
Dentre os tópicos atualmente abrangidos pela Engenharia de Computação, podem ser listados:
- Segurança da Informação e Criptografia, envolvendo o estudo de ameaças à segurança da informação, técnicas de criptografia e medidas de proteção para garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados.
- Hardware de Computadores, incluindo a arquitetura de computadores, componentes eletrônicos, circuitos digitais e sistemas embarcados. Envolve o projeto e a construção de dispositivos eletrônicos, desde microprocessadores até sistemas complexos de comunicação.
- Software de Sistemas, incluindo software que gerencia hardware e recursos de rede para garantir o funcionamento eficiente dos sistemas.
- Programação e Desenvolvimento de Software, abrangendo técnicas de programação e metodologias de desenvolvimento de software para criar aplicativos, sistemas e soluções de software de alta qualidade.
- Redes de Computadores e Comunicação, abrangendo o projeto, implementação e manutenção de redes de computadores, incluindo protocolos de comunicação, segurança de redes e tecnologias de comunicação sem fio.
- Sistemas Embarcados e IoT (Internet das Coisas), explorando a integração de dispositivos eletrônicos em objetos e sistemas complexos, como veículos autônomos, dispositivos médicos e eletrodomésticos conectados à Internet.
- Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, cobrindo algoritmos e técnicas para criar sistemas que possam aprender e se adaptar a partir de dados, incluindo reconhecimento de padrões, processamento de linguagem natural e visão computacional.
- Engenharia de Software, envolvendo o estudo das metodologias de desenvolvimento de software, gestão de projetos, testes e garantia de qualidade para permitir a entrega de software robusto, confiável e de alta qualidade.
- Segurança da Informação e Criptografia, envolvendo o estudo de ameaças à segurança da informação, técnicas de criptografia e medidas de proteção para garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados.
Até o fim da década de 90 havia no Brasil uma grande variedade de denominações de cursos de graduação em Computação, com diferentes limites temáticos e durações. Com a publicação da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB), houve um movimento de consolidação na área, que passou a reconhecer 4 cursos de graduação plena, nominalmente os bacharelados em Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia da Computação e a Licenciatura em Computação. Com essa nova organização houve uma adaptação dos cursos existentes, que em grande maioria se tornaram cursos de Sistemas de Informação. Mais recentemente, surgiram os cursos de Engenharia de Software.
Objetivos do curso
O Curso de Bacharelado em Engenharia de Computação da UFMG tem como objetivo geral formar engenheiros com sólido preparo científico e tecnológico na área de Engenharia de Computação, que busquem maneiras eficazes de gerenciar a complexidade e os riscos associados às mudanças, à medida que a flexibilidade e a necessidade de evolução continuam a crescer em produtos, serviços e na sociedade.
Como objetivos específicos, podem ser relacionados:
- Desenvolver junto aos(às) estudantes as competências essenciais, profissionais, técnicas e de gestão, bem como suas habilidades relacionadas;
- Explorar a capacidade dos(as) estudantes de absorver e aplicar as tecnologias existentes, bem como desenvolver novas tecnologias;
- Preparar os(as) estudantes para atuar, criativa e proativamente, na identificação e resolução de problemas de engenharia, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, na perspectiva ética e humanística, visando atender as demandas atuais da sociedade, tanto em âmbito local quanto global; e
- Atentar os(as) estudantes à necessidade de se atualizarem diante da renovação das práticas no campo de Engenharia de Computação.
Formas de Ingresso
A seleção para as vagas do curso ocorre por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além do ingresso via Enem.
Perfil profissional do Egresso
O perfil geral do egresso do Curso de Graduação em Engenharia de Computação, denominado Bacharel(a) em Engenharia de Computação, está alinhado às DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais de Engenharia (CNE/CES, 2019 e CNE/CES, 2021), à medida em que deve se voltar para uma formação não só enquanto profissional, mas também como “cidadão-engenheiro”, comprometendo-se com os valores fundamentais da sociedade na qual está inserido. Compreende uma sólida formação técnica, científica e profissional geral, que o capacite a absorver, aplicar e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica, reflexiva e criativa na identificação e resolução de problemas apresentados pela sociedade, considerando-se os aspectos técnicos, econômicos, sociais, culturais e ambientais. Caracterizam o perfil dos egressos:
- Sólida formação básica em matemática e em ciências;
- Formação que desenvolva uma visão holística e humanista, sendo capaz de realizar avaliação crítica e reflexiva de aspectos humanos, sociais, econômicos, ambientais, culturais, globais, políticos e de segurança e saúde relacionados à atividade tecnológica, de forma criativa, cooperativa e ética;
- Capacidade de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia;
- Formação orientada para as inovações tecnológicas e para as necessidades do setor industrial e de serviços, estando apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação criativa, inovadora e empreendedora;
- Aptidão para adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática;
- Disposição para atuar isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável;
- Preparação para inserção no setor industrial e no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação;
- Preparação para inserção em empresas de projeto e consultoria em engenharia, inclusive na posição de empreendedores.
Levando em consideração a flexibilidade necessária para atender domínios diversificados de aplicação e as vocações institucionais, os profissionais de Engenharia de Computação devem ter uma formação profissional que garanta as habilidades e competências para:
- Planejar, especificar, projetar, implementar, testar, verificar e validar sistemas de computação (sistemas digitais), incluindo computadores, sistemas baseados em microprocessadores, sistemas de comunicações e sistemas de automação, seguindo teorias, princípios, métodos, técnicas e procedimentos da Computação e da Engenharia;
- Compreender, implementar e gerenciar a segurança de sistemas de computação;
- Gerenciar projetos e manter sistemas de computação;
- Conhecer os direitos e propriedades intelectuais inerentes à produção e à utilização de sistemas de computação;
- Desenvolver processadores específicos, sistemas integrados e sistemas embarcados, incluindo o desenvolvimento de hardware e software para esses sistemas;
- Analisar e avaliar arquiteturas de computadores, incluindo plataformas paralelas e distribuídas, como também desenvolver e otimizar software para elas;
- Projetar e implementar software para sistemas de comunicação;
- Analisar, avaliar e selecionar plataformas de hardware e software adequados para o suporte de aplicações e sistemas embarcados de tempo real;
- Analisar, avaliar, selecionar e configurar plataformas de hardware para o desenvolvimento e implementação de aplicações de software e serviços;
- Projetar, implantar, administrar e gerenciar redes de computadores;
- Realizar estudos de viabilidade técnico-econômica.
Em função de sua visão sistêmica, os espaços de trabalho de um Engenheiro de Computação são diversos, mas podem ser assim resumidos:
- Atuação em todo o ciclo de vida e contexto de empreendimentos, em especial no projeto de produtos (bens e serviços) e de seus componentes, sistemas e processos produtivos, podendo incluir também atividades de inovação, gestão e manutenção;
- Atuação em setores industriais e de serviços, sendo basicamente responsável pela concepção, implantação e constante aperfeiçoamento dos subsistemas relacionados com tecnologias de informação e comunicação envolvidos tanto nos processos quanto nos produtos característicos desses setores, em um exercício constante de análise e síntese;
- Atuação em empresas de engenharia e/ou de informática, desenvolvendo sistemas de suporte aos projetos;
- Atuação como pesquisador e/ou docente, em centros de pesquisa governamentais ou de empresas, bem como em instituições de ensino superior, na formação e atualização de futuros engenheiros e profissionais envolvidos em projetos de produtos (bens e serviços) e empreendimentos (neste caso, é recomendável a complementação de estudos em nível de pós-graduação stricto sensu).