Virgilio Almeida e sua equipe rastrearam dezenas de milhares de mensagens em centenas de grupos brasileiros do WhatsApp para procurar tendências que pudessem esclarecer a questão: Isso realmente poderia estar acontecendo em escala ampla o suficiente para impactar a política brasileira?
A equipe descobriu que os usuários desses grupos enviavam um vídeo para cada 14 mensagens de texto, uma taxa surpreendentemente alta.
Embora os pesquisadores não tenham certeza de quantos vídeos vieram do YouTube, eles descobriram que os usuários do WhatsApp tinham mais links para o YouTube do que qualquer outro site – 10 vezes mais do que vinculavam ao Facebook – reforçando a teoria do YouTube-to- Pipeline do WhatsApp.
Juntos, os dados sugerem que os clipes do YouTube podem estar alcançando enormes públicos no WhatsApp no ??Brasil – particularmente entre brasileiros mais pobres e analfabetos que, para surpresa de muitos observadores, mudaram para Bolsonaro nas últimas eleições.
As duas plataformas, combinadas, “tornam-se um importante portal para a transmissão de rumores, informações falsas e notícias falsas”, disse Almeida.
O porta-voz acrescentou que a empresa está comprometida em limitar a disseminação de desinformação, por meio de políticas, por exemplo, que restringem o quanto as mensagens podem ser encaminhadas.