novembro 6, 2015 por Camila Mantovani (FAPEMIG)
Quando o homem buscava imaginar o futuro, principalmente, o século XXI, a ideia de um mundo povoado por robôs, que realizariam todo tipo de atividade, estava bastante presente. Dos desenhos animados, aos filmes de ficção científica, passando contexto acadêmico, a relação entre homens e máquinas desperta inúmeras questões, que vão das vantagens na execução de tarefas cansativas, aos receios de que essas interações possam sair do nosso controle.
Diante desse contexto, os professores Erickson Rangel do Nascimento e Douglas Macharet, do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, elaboraram um estudo que busca refletir e propor soluções para a interação entre homens e robôs. O projeto “Navegação socialmente aceitável de robôs em ambientes com a presença de humanos”, que tem o apoio da Fapemig, da Capes e do CNPq, conta ainda com a participação de Phelipe Vasconcelos e Henrique Pereira, bolsistas de iniciação científica.
A pesquisa parte da premissa de que, diante do crescimento do número de robôs na sociedade, é preciso controlar o comportamento dessas máquinas. E um dos primeiros aspectos a se trabalhar é a questão do reconhecimento, pelo robô, do ser humano no ambiente. É preciso que ele saiba diferenciar uma pessoa de um objeto e, assim, executar seu movimento (navegação) de maneira adequada.
De acordo com o Douglas, a robótica vem entrando em uma nova fase, que tem como destaque a área de estudos em Interação Humano-Robô (IHR).
Para tanto, uma questão importante a se trabalhar é a percepção do ambiente. Como o robô irá perceber e reconhecer os elementos presentes no seu entorno? Daí “surge” a interação entre as duas áreas: a robótica e a visão computacional. De acordo com Erickson, a partir de técnicas de visão computacional, é possível reconhecer e analisar o ambiente, tendo em vista características importantes como a presença de humanos, quantidade, e distância dessas pessoas em relação ao robô.